domingo, 31 de dezembro de 2006

A todos... até 2007!

A mudança passa pela busca.

É verdade que não podemos encontrar a pedra filosofal, mas é bom que ela seja procurada; procurando-a, descobrem-se muitos bons segredos que se não procuravam.

Bernard Fontenelle

sábado, 30 de dezembro de 2006

Outra janela...


Ao passar da névoa...

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

mitos & milho-rei

Don Juan

É a personagem de um mito literário cujas origens podemos registar na obra de Tirso Molina, El burlador de sevilla y convidado de piedra, editado em 1630.
A narração desse drama barroco define muito bem o herói e o seu destino que se irá manter até aos nossos dias: sedutor de donzelas, extravagante, sem escrúpulos - procura o prazer e a diversão, sem pensar no castigo divino - se é que existe.
Conquistas, romances, traições e aventuras empolgantes , protagonizadas por Don Juan (s) atravessaram o tempo na arte da escrita e do cinema com vigor.
O tema donjuanesco anda demasiado gasto, mas que existi, existi!
E é aliciante!...

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Outra janela...



Sai.

e...

olha?

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Outra janela...



Entra.

e....

saída?

Aforas

Há momentos assim:
27 + 3 = 30 + 1 = 31
Eis o balanço deste ano um ganda 31!

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Outra janela...

a incerteza do (próximo) passo...

Ao anoitecer...

Lua adversa
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!

Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)

No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Da janela norte...

o (meu) vale encantado...

A todos...

A Casa de Maio agradece a todos os Amigos as calorosas visitas e votos de Boas Festas.
Foi enorme o abraço que esta Casa sentiu. Obrigada.

FELIZ 2007 PARA TODOS!

Maria P.

domingo, 24 de dezembro de 2006

1º dia...












Toca o sino pequenino
Toca o sino pequenino
Sino de Belém,
Já nasceu o Deus Menino

Que a Senhora tem.

É Natal, é Natal,
Vamos sem demora,
Já nasceu o Deus Menino
Que a Senhora adora.
Cântico tradicional.

sábado, 23 de dezembro de 2006

2º dia..

Quando cai neve
Quando cai neve
Dizem que é Natal
E que vão chegar as prendas
Pobre de mim
Que vive ao pé do mar
Onde o sol desfaz as lendas
Dizem que o sol
Para não se constipar
Se esconde aqui pertinho
Vou logo à noite
Sem o acordar
Vesti-lo de branco lindo

Cântico tradicional.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

3º dia...

Presente de Natal
Quero que todos os dias
Sejam dias de Natal
Para todos terem alegria
E a ninguém lembrar o mal


Ò menino! Não te esqueças
De me dar um presente
Transforma todos os dias
Em Natais p'ra toda a gente.


Em Natais quentes de amor
Com cestos cheios de pão
Com homens todos irmãos

Cântico tradicional.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

4º dia...

É Natal, nasceu um bébé
Não é só na chaminé
Com o Pai Natal ao pé
Nem pinheiro, nem estrelinhas
Natal é uma adivinha

Sabem o que é,
Sabem o que é,
É Natal nasceu um bébé
Ontem, hoje e amanhã

E tu nem sequer sabias
Que não é só em Dezembro
Natal é todos os dias
Cântico tradicional.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

5º dia...

Ó pastores

Ó pastores do monte e prado
Acordai por vosso bem
Ide já guardar o gado
P'ra ver Jesus em Belém.

Pastorinhos do deserto
Todos correm para O ver
Trazem mil e um presentes
Para o Menino comer.

Cântico tradicional.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

6º dia...

Pinheirinho
Pinheirinho, Pinheirinho
De ramos verdinhos
P'ra enfeitar, p'ra enfeitar
Bolas, bonequinhos
Uma bola aqui
Uma acolá
Estrelinhas que luzem
Que lindo que está
Olha o Pai Natal
De barbas branquinhas
Trás o saco cheio de lindas prendinhas.
Cântico tradicional.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

7º dia...

Entrai Pastores

Entrai pastores entrai
Por este portal sagrado
Vinde adorar o menino
Numas palhinhas deitado

Alegra os céus e a terra
Cantemos com alegria
Já nasceu Deus Menino
Filho da Virgem Maria.
Cântico tradicional.

sábado, 16 de dezembro de 2006

Aforas

Não consigo ser feliz nesta época, há sempre um, pelo menos um lugar na mesa, que ficará vazio...

Pelo jardim...

mal-me-quer...bem-me-quer

1 2 3, diz outra vez!

Regadinho

Ó meu rico regadinho,
que levas na tua mão?,
Um cacho de uvas do Douro
que consola o coração.

Água leva o regadinho,
água leva o regador.
Enquanto leva e não leva
vou falar ao meu amor.

Ó meu rico regadinho,
que levas no regador?
Levo-o cheio de vinho
para dar ao meu amor.

Debaixo desta ramada
cheira a cravos que rescende.
Diga-me, ó minha menina,
se esta uva se vende.

Cantilena tradicional:
Maria Adelaide da Silva Paiva, 1962.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Na última gaveta...

Villa de Cintra
Gravura, s.d.

mitos & milho-rei

Maia

Mitologia Greco-Romana é ninfa das chuvas, a mais bela das sete Pléiades, filhas de Atlas e de Pléione, foi amada por Júpiter.
Ela e suas seis irmãs foram transformadas em estrelas, porque seu pai, indiscretamente, quis ler o segredo dos deuses.
O seu grupo forma o signo das Pleiades, na constelação de Touro.
Entre os romanos, a Maia grega confundia-se com a divindade indígena homônima: deusa do crescimento. Na terminologia hindu, era a matéria primordial e, mais tarde, a ilusão enganadora ou a energia criadora dos deuses.
Maia figura superior com que os deuses constroem o universo.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Da janela norte...

envolta - na volta - da volta - em volta

Ao entardecer...

A Filosofia Do Amor

Correm as fontes ao rio
os rios correm ao mar;
num enlace fugidio
prendem-se as brisas no ar...
Nada no mundo é sózinho:
por sublime lei do Céu,
tudo frui outro carinho...
Não hei-de alcançá-lo eu?

Olha os montes adorando
o vasto azul, olha as vagas
uma a outra se osculando
todas abraçando as fragas...
Vivos, rútilos desejos,
no sol ardente os verás:
- Que me fazem tantos beijos,
se tu a mim mos não dás?

Percy Bysshe Shelley (1792-1822)
Trad. de Luiz Cardim

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Outra janela...

teu azul/meu verde

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

voz do povo

Não há mar bravo que não amanse.

Da janela sul...

longe vai a faina...

Ao anónimo...

Nenhuma frase ou palavra colocada por mim no post anterior, afirma que A Casa de Maio foi eleita como o Melhor Blog Feminino de 2006.
O que é referido, e que eu agradeço, foi a demostração de apreço por parte de um Amigo da Casa: Mister Minder, que elegeu/escolheu este blog como seu preferido, ao participar na votação dos Melhores Blogs de 2006.
Dúvidas?

Maria Pedrógão.

domingo, 10 de dezembro de 2006

A todos...

A Casa de Maio, ou melhor a Maria P. ficou sem palavras perante o carinho demonstrado por um Amigo:
It takes two to tango :

Após alguma ponderação e apesar de ter manifestado a minha intenção de me abster na votação para os Melhores Blogs de 2006 organizada pelo Geração Rasca , sempre aqui vou deixar a minha votação. Singelinha, mas cá vai:



Melhor blog feminino: Casa de Maio.

Melhor blog masculino: We have kaos in the garden.

Melhor blog colectivo: Bitaites.

Melhor blog temático: A cidade surpreendente.

Melhor blogger: abstenho-me.

Obrigada Mister Minder! Um enorme beijinho.
Maria Pedrógão.

mitos & milho-rei

Cronos

Na mitologia greco- romana, simboliza o tempo, Cronos geralmente é representado sob a forma de um ancião, curvado ao peso dos anos, erguendo, na mão uma foice, porque o tempo ceifa todos os seres. Apresenta-se alado, para indicar a sua marcha rápida.
Alguns artistas colocam-lhe, na mão, uma ampulheta, porque os antigos se serviam deste instrumento, como relógio, para a medida do tempo.
Podemos vê-lo também apresentando uma serpente, disposta em círculo, emblema da eternidade, que não tem começo nem fim...

Outra janela...

Um minuto...

sábado, 9 de dezembro de 2006

Ao entardecer...

Um Minuto

É quando a noite encerra
E o nevoeiro aparece,
Que abrimos a janela.
Avistamos o lado da rua,
Candeeiro de luz amarela.
Num instante, sem sabermos,
A solidão comprime
Aurículas e ventrículos,
A força vacila, o olhar
Perscruta e o presente
Ressente-se,
Entra o frio.
Num cigarro uma baforada,
Passa um segundo,
Um minuto neste mundo.

A Casa de Maio roubou ao Tiago Galveia, blogue:
Palavras Previamente Ensaiadas

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Pelo mar...

brutal invasão

Ao amanhecer ...

A mulher feliz

Está de pé sobre as brancas dunas. As ondas conduziram-na
e os ventos empurraram-na. Está ali, na perfeição redonda
da oferenda. E como que adormece no esplendor sereno.
Diz luz porque diz agora e és tu e sou eu, num círculo
só. Está embriagada de ar como uma forte lâmpada.

É uma área de equilíbrio, de movimentos flexíveis,
um repouso incendiado, a vitória de uma pedra.
Abrem-se fundas águas e um novo fogo aparece.
Que lentas são as folhas largas e as areias!
Que denso é este corpo, esta lua de argila!

Nua como uma pedra ardente, mais do que uma promessa
fulgurante, a amorosa presença de uma mulher feliz.
Nela dormem os pássaros, dormem os nomes puros.
Agora crepita a noite, as línguas que circulam.
Crescem, crescem os músculos da mais íntima distância.

António Ramos Rosa

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Outra janela...



atravessar

hesitar

ficar

Ao meditar...

O Saber da Experiência

É sempre melhor comprovar as coisas pela experiência do que apenas saber. Porque se se depende da adivinhação ou suposição ou de conjecturas, nunca se fica educado. Há coisas que não podemos descobrir mas nunca perceberemos se são desse tipo se não experimentarmos.
Pois é, temos de ser pacientes e perseverar na experiência até compreendermos que não podemos compreender.
E é maravilhoso quando assim é, torna o mundo tão interessante. Se não houvesse nada para descobrir seria uma chatice. Só mesmo o tentar descobrir e não conseguir é tão interessante como o tentar descobrir e consegui-lo, se calhar até mais, não sei...

Mark Twain, in «O Diário de Adão e Eva»

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Na última gaveta...



Sintra, Calçada do Rio do Porto.
Gravura, s.d.

Ao anoitecer...

A cavalo no vento

A cavalo no vento sobrevoo
o destino sombrio deste porto,
aonde um rio vem morder o vulto
do mar confuso.

Ó mar despedaçado,
mordido em tanto flanco, o sobressalto
dos teus ombros nervosos já sacode
a terra toda!

E para quê mais portos
agressores, estaleiros rancorosos,
onde em surdina e sombra se conspira
contra a vida. . .?

. . . Contra a vida do mar e o seu poder
que só um corpo nu deve merecer!

David Mourão-Ferreira

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Da janela sul...

Bruscamente neste Outono...

Aforas

Gosto de sentir a vida como uma roda-gigante, com muitos eixos. Um dia acordo e estou no eixo certo da roda; outro dia adormeço e estive num eixo normal que roda. Mas há dias que nem o raio da roda encontro! Gigante!

domingo, 3 de dezembro de 2006

A todos...

um canto no recanto da Casa de Maio

... era uma vez

São mais as vozes que as nozes!

«A forma primitiva do provérbio é outra. Com varas batem-se as nogueiras, faz-se grande estardalhaço e às vezes as nozes que caem são poucas. Ao fragor demasiado não correspondem os poucos frutos que se colhem. Daí o dizer-se É mais o ruído que as nozes.
O que ainda agrava este caso, é que ao partir as nozes o ruído é grande e o miolo por vezes não há. Somadas as razões é verdade que é mais o ruído do que a noz, ou como diz o poeta dos Ratos da Inquisição:
"Mais são as vozes que as nozes
P'ra mim n'esta ocasião... "»

Explicação da origem do provérbio pelo filólogo brasileiro João Ribeiro.

sábado, 2 de dezembro de 2006

1 2 3, diz outra vez!

Pintassilgo

Amanhã é Domingo
Cantará o pintassilgo
Pintassilgo é dourado
Não tem um burro nem cavalo
Tem uma burrinha cega
Que chega daqui a castela
Castelinha, castelão
Minha avó deu-me pão
P’ra mim e p’ró meu cão

Lenga-lenga tradicional.

Da janela sul...

em busca do Azul...

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

mitos & milho-rei

Santiago e Caio

Nos idos de 44 da era de Jesus Cristo, passeava pela praia de Matosinhos um ilustre cavaleiro da Maia, Caio Carpo Palenciano, com a sua mulher Claudina. Cavalgavam pelo areal quando avistaram uma barca que se dirigia para norte. O cavaleiro e a dama pararam para apreciar a embarcação, quando inexplicavelmente o cavalo de Caio galopou para dentro do mar, apesar de este o tentar evitar.
Obrigado por uma força desconhecida cavalo e cavaleiro imergiram no mar e desapareceram para ressurgirem perto da barca, para onde subiram cobertos de vieiras.
Quando perguntou à tripulação o motivo deste fenómeno e qual a razão da sua viagem, estes explicaram que eram discípulos cristãos de um homem chamado Tiago. Tinham fugido de grandes perseguições, levando o corpo do seu Mestre para terras de Espanha, onde Tiago tinha pregado o Evangelho. Segundo estes homens, o fenómeno ocorrido com Caio e o seu cavalo poderia ser explicado pelo facto de ele ser um escolhido de Nosso Senhor.
As vieiras eram o sinal de Santiago queria ver Caio abraçar a lei de Deus. Comovido, Caio foi ali mesmo baptizado com água do mar e, quando voltou para junto da sua dama, confessou o extraordinário feito de Santiago.
As vieiras ficaram a fazer parte do brasão da nobre família Pimentel de Trás-os-Montes, descendentes, segundo se crê, de Caio Carpo Palenciano.

Outra janela...

véu-de-luz