sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Cinco Poemas

Amigo

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!

«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neill

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cinco Poemas

Para os Amigos

Os Amigos

Os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria —
por mais amarga.

Eugénio de Andrade

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cinco Poemas

Para Os Amigos

Bilhete para o Amigo Ausente

Lembrar teus carinhos induz
a ter existido um pomar
intangíveis laranjas de luz
laranjas que apetece roubar.

Teu luar de ontem na cintura
é ainda o vestido que trago
seda imaterial seda pura
de criança afogada no lago.

Os motores que entre nós aceleram
os vazios comboios do sonho
das mulheres que estão à espera
são o único luto que ponho.

Natália Correia

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cinco Poemas

Para os Amigos

Antes que Seja Tarde
Amigo, tu que choras uma angústia qualquer
e falas de coisas mansas como o luar
e paradas
omo as águas de um lago adormecido,
acorda!
Deixa de vez
as margens do regato solitário
onde te miras
como se fosses a tua namorada.
Abandona o jardim sem flores
desse país inventado
onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo
de barco ao deus-dará
e esse ar de renúncia
às coisas do mundo.
Acorda, amigo,
liberta-te dessa paz podre de milagre
que existe
apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha,
abre os braços e luta!
Amigo,
antes da morte vir
nasce de vez para a vida.

Manuel da Fonseca

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cinco Poemas

Para os Amigos

De entre todos, apenas vós
tendes direito a ver-me
fracassar. Onde caio
entre a vossa irónica
doçura implacável, convosco
partilho o pão e o espaço
e a rapidez dos olhos
sobre o que fica (sempre)
para dar ou dizer.
E de vós me levanto
e vos levo pesando
e ardendo até onde
me ajudais a ser
melhor ou talvez
menos só.

Vítor Matos e Sá

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dezembro's


da janela norte...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Leituras

A vida reparte-se por ciclos, cujas fronteiras são por vezes de uma perturbadora nitidez. O último talvez seja este: o que delimita a fase em nos resta administrar acaudeladamente (em alguns casos avaramente) uma sabedoria amealhada, ou em que nos preparamos para a desbaratar numa espécie de furiosa imolação.

Fernando Namora
«Jornal sem Data»

sábado, 18 de dezembro de 2010

Teatro


Mais um desafio chegou ontem ao fim.
Superado!
Digo eu...
:)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Palavras Roubadas...

Encontra-me na volta do tempo
enroscada pelo frio e pelo vento
a chuva a bater-me por dentro
e eu à tua espera, para o momento

Encontra-me uma vez que seja
na espuma da onda que se beija
na boca ardente que se deseja
e na memória, para que se veja

Encontra-me só mais uma vez
na volta do tempo que se desfez
no abraço que se deu mais uma vez
e na despedida, que em nós se fez

Encontra-me por fim em cada dia
na noite no vento que assobia
na rocha no mar em que perdia
toda a saudade que em nós cabia.

Encontra-me...

Maria
O Cheiro da Ilha

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Da Janela Norte

a cor da tarde...


domingo, 12 de dezembro de 2010

Leituras...

Balada para um Homem na Multidão

Este homem que entre a multidão
enternece por vezes destacar
é sempre o mesmo aqui ou no japão
a diferença é ele ignorar.

Muitos mortos foram necessários
para formar seus dentes um cabelo
vai movido por pés involuntários
e endoidece ser eu a percebê-lo.

Sentam-no à mesa de um café
num andaime ou sob um pinheiro
tanto faz desde que se esqueça
que é homem à espera que cresça
a árvore que dá dinheiro.

Alimentam-no do ar proibido
de um sonho que não é dele
não tem mais que esse frasco de vidro
para fechar a estrela do norte.
E só o seu corpo abolido
lhe pertence na hora da morte.

Natália Correia
«O Vinho e a Lira»

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Outra Janela...


Já não se sonha,
deixei de sonhar,
o sonho é poeira dos tempos
é a voz da extensão
é a voz da pureza
que dardejava na nossa doçura.

Carlos Melo Santos
Excerto in «Lavra de Amor»

domingo, 28 de novembro de 2010

Outra Janela...

o momento
... entre o verde e o azul

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Autores

Não me peçam razões...

Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queira: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.

José Saramago
«Os Poemas Possíveis»

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

Janela Norte...

o passeio da manhã...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Leituras

A noção de experiência é complexa.
Todo o espaço é de vidro - um vidro que não parte por fora mas parte por dentro. Estamos sempre a esbarrar com invisíveis barreiras. O que ele revela não é precisamente o que queremos saber. E se tivermos os olhos abertos até ao fim: vemos o quê? Como o espaço, o tempo não revela nada de especial. Só percursos.
Folhas de uma agenda descartável.

Ana Hatherly

«Tisanas»

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Outra Janela...

e...das malhas voou

sábado, 13 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Págª 107


- Você, então, é monárquico mesmo?
- Fui, fui.
- Ah, aderiu à república?
- Não. Hoje não me satisfaz nem uma coisa nem outra.
- Então?
- É um desejo que tenho de justiça para todos.
Sem dúvida, a humanidade está longe ainda da elevação colectiva que eu sonho para ela. Mas a elevação é coisa tão lenta e a vida de cada um tão pequena, que eu, às vezes, penso que a sede de justiça que há por toda a parte acabará por marchar à frente...
Penso que têm razão os que querem um mundo mais justo.

Ferreira de Castro
«A Selva»

sábado, 6 de novembro de 2010

Outra Janela...

nas malhas...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Palavras Roubadas...

O sentido do sentido das coisas
As coisas sem sentido
Sentir as coisas que não fazem sentido

Ir na corrente sem sentido
Faz sentido ir na corrente do sentido?
Como parar uma corrente sem sentido?

As coisas, o sentido, a corrente...
faz sentido?

O sentido das coisas
É não terem sentido nenhum?
Só faz sentido fazer as coisas se tiverem sentido?

A toda a pressa para lado nenhum?

João P.

Blogue: Como se de um diário se tratasse...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Voz do Povo

O sábio sabe que sabe, o ignorante pensa que sabe...


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Outra Janela...

no canto da noite

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Págª 107

A cegueira e a obstinação dos homens lembra-me às vezes a cegueira e a obstinação das varejeiras enfrenizadas contra as vidraças. Bastava um momento de serenidade, dez-réis de bom senso,e em qualquer fresta estava a liberdade. Mas o demónio da mosca, quanto mais a impossibilidade se lhe põe diante, mais teima. O resultado é cair morta no peitoril.

Miguel Torga
«Diário (1943)»

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

Palavras Roubadas...

Hoje Fico à Tua Espera

Hoje fico à tua espera.
Pego em giz colorido
E desenho uma porta, a castanho.
Recorto uma chave de papel,
Pego nela e abro a porta.
Depois, com giz cinzento
Desenho uma estrada muito comprida
Ponho árvores verdinhas nas bermas,
Papoilas vermelhas nos campos
E um rebanho a pastar.
Com o giz azul faço um rio e peixes.
Em tons de musgo, pinto um velho barco
Parado na margem.
Ao longe, espalho pó roxo e rosa
Na curva das montanhas, perto do céu.
Por fim, faço um grande sol amarelo.
Não pinto nenhuma nuvem,
Nem branca nem cinzenta
Pode chover
E não quero que te molhes
Quando vieres.

Hoje fico à tua espera
Quero dar-te o meu desenho.

Lídia Borges
Blogue: Searas de Versos

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Outra Janela...



Hoje escrevo (te)
mas pouco, são apenas
estas as palavras que
chegam até à ponta dos dedos:

estou cansada...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Da Janela Sul...

tudo era infinito em teu redor

tudo era infinito em teu redor
e a harmonia transbordava no silêncio
profundo da tua voz de espuma

Carlos Frias de Carvalho
«Poema a uma deusa índia»

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Outra Janela...

discreta
...mente

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Leituras

Amar Teus Olhos

Podia com teus olhos
escrever a palavra mar.
Podia com teus olhos
escrever a palavra amar
não fossem amor já teus olhos.

Podia em teus olhos navegar
conjugar os verbos dar e receber.
Podia com teus olhos
escrever o verbo semear
e ser tua pele
a terra de nascer poema.

Podia com teus olhos escrever
a palavra além ou aqui
ou a palavra luar,
recolher-me em teus olhos de lua
só teus olhos amar.

Podia em teus olhos perder-me
não fossem, amor, teus olhos,
o tempo de achar-me.

Carlos Melo Santos
«Lavra de Amor»

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Leituras

Sob o Azul

o primeiro nome da terra

e todos os lugares de véspera
sob o azul
na pedra
transbordando

sob o azul dessa brancura
a que darei voo
pétala

um só prelúdio de onda

e as moradas do tempo

como nas lágrimas
fonte
e infinito

Marta Fialho
in «O escritor» nº24/25 -Dez.2009

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Da Janela Sul...

rasgo no céu

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Págª 107

Desvendar o mistério.
Mas não há nada tão decepcionante como desvendar um mistério. É como desvendar o truque de um prestigitador. Ficamos irritados retrospectivamente connosco por ter visto um mistério onde não havia. O mistério deve preservar-se para salvaguardarmos o respeito e o medo e haver ordem no mundo.

«Até ao Fim»
Vergílio Ferreira

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Da Janela Norte...

nascer

«Harmonioso vulto que em mim se dilui.

Tu és o poema

e és as origem donde ele flui.

Intuito de te ter. Intuito de amor

não compreendido.

Fica assim amor. Fica assim intuito.

Prometido.»

Natália Correia, in "O Livro dos Amantes"


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

sábado, 21 de agosto de 2010

Da Janela Norte

intenso denso

Autores

Neste corpo, a densa neblina, quase um hábito,
lentamente descida, sedimento e sede,
subtilmente o acalma. Ancora que se desloca,
movediça e infirme. Só no olhar, além

da luz e da cal, se distinguem os desejos
e a mestria das palavras. E não há remos
nem astros. Convido a neblina a esta

mesa de chumbo, onde nada levanta o fogo
solar ou os signos se alteiam. É a hora
em que o corpo treme e a sombra lavra as frouxas
manhãs. O que serão as tardes, sob a névoa,

quando o vigor agoniza e o vão das águas abre
o caos e os ecos? Estaremos em paz,
usando a palavra, última herdeira das areias.


Orlando Neves
«Decomposição - o Corpo»

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

No Dia Mundial da Fotografia


Flores, o que mais gosto de fotografar...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Autores

«Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito

Millôr Fernandes

sábado, 14 de agosto de 2010

Outra Janela...




Acordo com o teu nome nos
meus lábios - amargo beijo

esse que o tempo dá sem
aviso a quem não esquece.

Maria do Rosário Pedreira

«Nenhum Nome Depois»

sábado, 10 de julho de 2010

Confissão...

... sem apetites para blogar:(

domingo, 4 de julho de 2010

Outra Janela...



verde em Julho...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Voz do Povo

Em Julho, tudo farás, só o teu verde não ceifarás.

domingo, 27 de junho de 2010

Da Janela Norte...


a cerca

Autores


Conhece alguém as fronteiras à sua alma, para que dizer - eu sou eu ?


Fernando Pessoa
«Livro do Desassossego»

sábado, 26 de junho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Da Janela Sul...


cheirinho a Verão

domingo, 20 de junho de 2010

Autores

Quem veio escrever estas palavras? Abre
sem pressa o livro, mas nem sequer o leias
todo. Deixa que fiquem algumas dessas páginas
caídas ao teu lado. Assim talvez encontres
a imobilidade que finalmente existe
no seu interior. É tudo o que recebes
de alguém que nem sequer te pode conhecer
quando faz para ti um derradeiro gesto.

Fernando Guimarães
«Lições de Trevas»

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Outra Janela...



... o desejo

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Leituras...


A propósito de cada desejo deve-se colocar a questão: «Que vantagem resultará se eu não o satisfizer?»




Epicuro

Grécia Antiga (Samos, 341 a.c - Atenas, 270 a.c)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Outra Janela...


apenas uma flor

domingo, 13 de junho de 2010

13 de Junho de 1888

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.

Fernando Pessoa

sábado, 12 de junho de 2010

Digo eu...

Porque mudar faz bem...queridos mudei a Casa!
:)

Da Janela Sul...


manhã fria

quinta-feira, 10 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Da Janela Sul...

fim de tarde...

Autores

Ternura

Desvio dos ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!

Há restos de ternura pelo meio
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

David Morão-Ferreira
Infinito Pessoal

segunda-feira, 31 de maio de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Outra Janela...

busco o belo-branco

terça-feira, 18 de maio de 2010

No Dia Internacional dos Museus

Museu Ferreira de Castro
Situado no Centro Histórico da Vila de Sintra

«Se houvéssemos de eleger três símbolos do esforço que o Homem já fez pela emancipação e pela beleza, três símbolos da assombrosa obra que já efectuou e da nova forma de vida que está preparando sobre um planeta onde se têm prolongado tanto os grandes infortúnios, pensaríamos imediatamente, inevitavelmente, numa Biblioteca, num Laboratório e num Museu .... Ali se encontra, ora sofrida nas trevas, ora vivida à luz, a mais promissora e maravilhosa de todas as histórias.»

Ferreira de Castro
As Maravilhas Artísticas do Mundo (1959-63)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eu vou!


Apanhar a Espiga, é hoje.
Até logo...
:)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Voz do Povo


Mês de Maio, mês das flores, mês de Maio, mês do amores...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Outra Janela...


A vida de uma pessoa não é o que lhe acontece,
mas aquilo que recorda e a maneira como o recorda.


Gabriel Márquez

domingo, 2 de maio de 2010

Mãe...e eu


Dia 2 de Maio.
Dia da Mãe!
Dia de saudades, Mãe, como em todos os outros dias...
Dia de ser Mãe, a maior alegria da minha vida.
Dia de aniversário, também...


Maria P.

sábado, 1 de maio de 2010

Começar Maio...

Inaugurar a palavra Amigo

Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra Amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neil

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Fechar Abril...

A fechar Abril a Casa de Maio recebeu este mimo da parte de um Amigo, o Eduardo -blogue: À Beira de Àgua - a quem muito agradeço.
Já devem saber que existem regras a seguir, e claro existe quem quebre as regras: eu!:)
Pois não vou nomear ninguém, seria injusta, tenho a certeza, assim dedico este Prémio a Todos os que visitam e comentam a Casa de Maio.

Obrigada,
Maria P.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Da Janela Sul...

o lado das pedras

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Leituras

O Quente Sabor

Sonhei com o quente sabor das tâmaras.
A polpa cor de açúcar queimado
a trazer lembranças de leite-creme das avós,
as fibras a prenderem-se nos dentes,
a retardar prazeres, a prolongar trabalhos.

Acordei na areia da praia e
quando disse bom-dia saiu da minha boca
um fruto sem nome que tomou o caminho
dos navios ao longe.

Licínia Quitério
«De Pé sobre o Silêncio»

domingo, 25 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

Da Janela Norte

espelho imperfeito

Leituras

Dizer

O mistério cintila no mistério.
Dizer e não dizer.
Procurarei o oculto
o meu reino não é para se ver.

Manuel Alegre

sexta-feira, 16 de abril de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Outra Janela...

um verde deste tempo ...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Autores



A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal.





Joaquim Maria Machado de Assis
Brasil, 1839-1908

terça-feira, 6 de abril de 2010

Da Janela Sul...


Nenhum jardim, nenhum olhar os prende.
Intactos nas paisagens onde chegam
Só encontram o longe que se afasta,
O apelo do silêncio que os arrasta,
As aves estrangeiras que os trespassam,
E o seu corpo é só um nó de frio
Em busca de mais mar e mais vazio.

Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 31 de março de 2010

Para ti, e claro para ti...



Que sejam doces os vossos dias!
Como diz a minha Maria, eu vou ali e já volto...

Beijinhos
Maria P.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Outra Janela

Primavera no meu jardim...

sexta-feira, 26 de março de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

Casa de Maio

Afinal já passaram 4 anos...
A todos obrigada,

Maria P.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Outra Janela...

na dobra o caminho
...logo, talvez o céu


sábado, 20 de março de 2010

Da janela Norte...

à margem...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dia do Pai


Quando estamos com um Amigo, nem estamos sós, nem somos dois.


Auguste Barthélémy

segunda-feira, 15 de março de 2010

Outra Janela...


O livro aberto, esquecido, sobre a mesa
olha as rosas esquecidas numa jarra.
Dói-lhe ver as pétalas a cair ao desamparo...
É raro estar atento, mas hoje vive o som
e a arritmia de notas soltas [meio confusas]
do piano desafinado ,mesmo ali, na sala ao lado.
E com a janela semi-aberta
consegue ver a lua bem desperta a transbordar
de fantasmas vestidos com lençóis de luar.

O pingar de um chapéu de chuva junto à porta
diz-lhe que a tela que desenhou
nada tem de natureza morta.

Maripa
Mar Me Quer...


quinta-feira, 11 de março de 2010

Da janela Norte...

o rio à porta

terça-feira, 9 de março de 2010

Voz do Povo


Ave que canta demais não sabe fazer o ninho.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Outra Janela...


Somente a mulher sabe do que a mulher é capaz.

William Maugham