terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Obrigada...

Obrigada a:
Elzie Crisler Segar
(8 de Dezembro de 1894) foi um cartonista, mais conhecido por ser o criador de Popeye, personagem que apareceu pela primeira vez numa tirinha cómica no seu jornal em 1929.

Adoro o Popeye!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Outra janela...

para lá do olhar...

Autores

Vida

Sempre a indesencorajada alma do homem
resoluta indo à luta.
(Os contingentes anteriores falharam?
Pois mandaremos novos contingentes
e outros mais novos.)
Sempre o cerrado mistério
de todas as idades deste mundo
antigas ou recentes;
sempre os ávidos olhos, hurras, palmas
de boas-vindas, o ruidoso aplauso;
sempre a alma insatisfeita,
curiosa e por fim não convencida,
lutando hoje como sempre,
batalhando como sempre.

Walt Whitman

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Da janela norte...

Por lá
onde o frio aquece a saudade
onde o vento alinha o sentir
onde o branco pinta sorrisos...
Por lá
abrigo-me na montanha...

Maria P.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

domingo, 22 de novembro de 2009

Outra janela...

sem horizonte...

Leituras...

Tentar provar o futuro é muito mais interessante do que poder conhecê-lo. Como no jogo, não o ganhar, mas o poder ganhar. Porque nenhuma vitória se ganha se se não puder perder.

Vergílio Ferreira

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Da janela norte...

poema sem cor


Autores

A Cor da Liberdade

Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora encondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Jorge de Sena

sábado, 14 de novembro de 2009

Outra janela...

Há não sei que semelhança entre a eloquência e o raio. O raio abrasa, pulveriza quase sem queimar; a eloquência quase sem persuadir.

Camilo Castelo Branco

domingo, 8 de novembro de 2009

Da janela norte...

tempo embriagado...

Autores

O Tempo Torna Tudo Irreal

O tempo, propriamente dito, não existe (excepto o presente como limite), e, no entanto, estamos submetidos a ele. É esta a nossa condição. Estamos submetidos ao que não existe. Quer se trate da duração passivamente sofrida - dor física, esperança, desgosto, remorso, medo -, quer do tempo organizado - ordem, método, necessidade -, nos dois casos, aquilo a que estamos submetidos, não existe. Estamos, realmente, presos por correntes irreais. O tempo, irreal, cobre todas as coisas e até nós mesmos, de irrealidade.

Simone Weil
«A Gravidade e a Graça»

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Outra janela...

abraço-te...

Autores

Um Amor
Aproximei-me de ti; e tu, pegando-me na mão,
puxaste-me para os teus olhos
transparentes como o fundo do mar para os afogados. Depois, na rua,
ainda apanhámos o crepúsculo.
As luzes acendiam-se nos autocarros; um ar
diferente inundava a cidade. Sentei-me
nos degraus do cais, em silêncio.
Lembro-me do som dos teus passos,
uma respiração apressada, ou um princípio de lágrimas,
e a tua figura luminosa atravessando a praça
até desaparecer. Ainda ali fiquei algum tempo, isto é,
o tempo suficiente para me aperceber de que, sem estares ali,
continuavas ao meu lado. E ainda hoje me acompanha
essa doente sensação que
me deixaste como amada ~
recordação.

Nuno Júdice

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

III

sinais de Outono...

Poesia...

Só a Natureza é Divina, e Ela não é Divina...

Só a natureza é divina, e ela não é divina...
Se falo dela como de um ente
É que para falar dela preciso usar da linguagem dos
homens
Que dá personalidade às cousas,
E impõe nome às cousas.
Mas as cousas não têm nome nem personalidade:
Existem, e o céu é grande a terra larga,
E o nosso coração do tamanho de um punho fechado...
Bendito seja eu por tudo quanto sei.
Gozo tudo isso como quem sabe que há o sol.


Alberto Caeiro
«O Guardador de Rebanhos - Poema XXVII»

terça-feira, 20 de outubro de 2009

II

sinais de Outono...


Voz do Povo


Logo que Outubro venha, procura a lenha.

domingo, 18 de outubro de 2009

I

sinais de Outono...

Autores

Há pequenas impressões finas como um cabelo e que, uma vez desfeitas na nossa mente, não sabemos aonde elas nos podem levar. Hibernam, por assim dizer, nalgum circuito da memória e um dia saltam para fora, como se acabassem de ser recebidos. Só que, por efeito desse período de gestação profunda, alimentada ao calor do sangue e das aquisições da experiência temperada de cálcio e de ferro e de nitratos, elas aparecem já no estado adulto e prontas a procriar. Porque as memórias procriam como se fossem pessoas vivas.

Agustina Bessa-Luís, in «Antes do Degelo»

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

...abraço

Recebi um abraço da As velas ardem sempre até ao fim...
Obrigada:)

Com o abraço,... um desafio, este:

1 - Quem mais gostas de abraçar no presente?

O bloguista deste preguiçoso blogue -Estou a brincar...


2 - Quem nunca abraçarias?

Ui! É melhor não dizer...


3 - Quem davas tudo para poder abraçar?

Abraçar de novo, a minha Mãe.

Deixo um ABRAÇO a todos os Amigos da Casa, levem o abraço...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Da janela sul...

lugares de mim...

Voz do Povo

Quem tem esperança, tem paciência...

domingo, 27 de setembro de 2009

Outra janela...

nada acaba para sempre...


Autores

A Última Ceia

Trouxe as palavras e colocou-as sobre a mesa.
Trouxe-as dentro das mãos fechadas (alguns disseram
que apenas escondia as feridas do silêncio).

Pousou-as na mesa e começou a abri-las devagar,
Tão devagar como passa o tempo quando tempo
não passa. E depois distribui-as pelos outros,
multiplicou-se em dedos, em palavras (alguém disse
que chegariam a todos, ultrapassariam os séculos e
teriam a duração do tempo quando o tempo perdura).

Ceou com todos pão que não levedara e o vinho áspero
das videiras magras do monte que os ventos dizimavam.
Quando se ergueu, havia ainda palavras sobre a mesa,
coisas por dizer no resto do pão que alguém deixara,
feridas fundas nas mãos que fechou em silêncio e devagar.

Perto dali uma figueira florescia. À espera.

Maria do Rosário Pedreira
A Casa e o Cheiro dos Livros

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Da janela sul...


Viver é ansiar a felicidade possível e a impossível.

Camilo Castelo Branco

sábado, 19 de setembro de 2009

Outra janela...



As obras-primas devem ter sido geradas por acaso;
a produção voluntária não vai além da mediocridade.



Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Da janela sul...

olhar (te)

Autores

Ver-te é como ter á minha frente todo o tempo
é tudo serem para mim estradas largas
estradas onde passa o sol poente
é o tempo parar e eu próprio duvidar mas sem pensar
se o tempo existe se existiu alguma vez
e nem mesmo meço a devastação do meu passado

Ruy Belo

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

3 de Setembro...



Esta (em particular) é uma semana em que não respiro, sufoco!
Saudades sem medida de quem me faz tanta falta, a Mãe...

Maria P.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Outra janela...

finda (a)gosto

Autores

O Impossível baseia-se no Possível

O mistério nem sempre cresce no desconhecido, porque o desconhecido é muitas vezes só isso: pode crescer no conhecido, quando é o seu terrível espanto. O impossível nem sempre nasce do que se não tem, porque o milagre do futuro se acredita: o impossível quase sempre nasce do que se tem, porque se tem e se espera ainda...

Vergílio Ferreira, in «Estrela Polar»

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

domingo, 23 de agosto de 2009

Da janela sul...

vazante

Aforas...

Eu gosto da manhã, a brisa que beija o rosto,
o mar que murmura, segredo...
O vento que espalha os cabelos,
sentimentos vazantes
com a maré...

Gosto da manhã.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

No Dia Mundial da Fotografia...

grão de rocha...

... porque a vida são pedaços, são momentos
o olhar cativa-os
a fotografia torna-os eternos
momentos...
Maria P.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Autores

SOBRE O SEU RETRATO

Quando a idade fizer de mim o que agora não sou;
E cada ruga me disser onde o arado
Do tempo sulcou; quando o Gelo fluir
Atravessando cada veia e toda a minha cabeça se cobrir de neve:
Quando a morte exibir o seu frio sobre as minhas faces,
E eu, a mim mesmo o meu próprio Retrato procurar,
Não encontrando o que sou, mas o que fui;
Duvidando em qual acreditar, neste ou no meu espelho;
Embora eu mude, este permanecerá o mesmo;
Tal como foi desenhado, reterá a compleição primitiva
E a tez primeira; aqui poderão ainda ver-se
Sangue nas faces e uma Penugem sobre o queixo.
Aqui a testa permanecerá lisa, o olhar intenso,
O Lábio rosado e o cabelo de cor jovem.
Contemplai que fragilidade podemos ver no homem,
Cuja Sombra é menos do que ele propensa à mudança.


Thomas Randolph (1605-1635)
Trad. de Cecília Rego Pinheiro

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Da janela sul...


Invento

Deponho
suponho e descrevo
a pulso
subindo pela fímbria
do despido
Porque nada é verdade
se eu invento
o avesso daquilo que é vestido
Maria Teresa Horta

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Outra janela...



Nada entre nós tem o nome da pressa.
Conhecemo-nos assim, devagar, o cuidado
traçou os seus próprios labirintos. Sobre a pele
é sempre a primeira vez que os gestos acontecem. Porém,
se se abrir uma porta para o verão, vemos as mesmas coisas-
o que fica para além da planície e da falésia; a ilha,
um rebanho, um barco à espera de partir, uma palavra
que nunca escrevemos. Entre nós

o tempo desenha-se assim, devagar.
Daríamos sempre pelo mais pequeno engano.

Maria do Rosário Pedreira
«A Casa e o Cheiro dos Livros»

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Da janela sul...

labirinto


Autores

«Se fazes questão em reflectir sobre o enigma da vida e do universo, vê se te despachas depressa, que a espécie humana qualquer dia acaba.»

Vergílio Ferreira

domingo, 2 de agosto de 2009

Outra janela...

naquela torre...

Voz do Povo


Agosto, frio no rosto.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Da janela sul...

Tudo me é uma dança em que procuro
A posição ideal,
Seguindo o fio dum sonhar obscuro
Onde invento o real.

À minha volta sinto naufragar
Tantos gestos perdidos
Mas a alma, dispersa nos sentidos,
Sobe os degraus do ar...

Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 14 de julho de 2009

Cenas de Verão...FIM

Boas Férias a Todos, até um dia...

sábado, 11 de julho de 2009

Cenas de Verão...

Vamos ?
Maria disse...
Huuummm... com o calor que está hoje ninguém me tira daqui...:))
***
pin gente disse...
no comboinho?se for isso, eu alinho!
***
Mar Arável disse...
Claro. Mesmo não sendo o da Carris.
***
Eduardo Aleixo disse...
Um bom domingo no comboio das ondas do mar.
***
Lídia Borges disse...
Claro que sim. Bela fotografia!
***
Rosa dos Ventos disse...
Bora!...
***
Justine disse...
'Bora lá! Vai ser um belo passeio...
***
Pitanga Doce disse...
Espera que estou calçando os sapatos!!!!
***
Joao P. disse...
Onde?Ao palácio? sim claro!
então não foi para isso que aqui viemos?
Onde é que guardei o guia?
***
Oris disse...
Ainda há lugar? Ou já se esgotou a lotação???
***
ausenda disse...
Se for para ir para longe...vou!
***
mateo disse...
Há sempre um comboio que passa, não há?
Mas perco tantas vezes a carruagem...
***
heretico disse...
haverá gelados a bordo?
***
poetaeusou . . . disse...
*háááá,afinal,
sempre foi inaugurado . . .vivó TGV !!!
***
Maripa disse...
Oh!...Esperem por mim!
Também quero ir se ainda houver lugar.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cenas de Verão...

quando as obras continuam, as filas aumentam e o calor aperta, primeiro tiram-se os sapatos ...


Clotilde S. disse...
É assim no Verão, Maria. Todos nós andamos por outras cenas.
***
Eduardo Aleixo disse...
Cada um na sua cena. Há cenas e cenas. A minha gata jogou-se do quinto andar para baixo: que granda cena! Custou-me 400 euros. Cada um sabe da sua cena. A melhor cena para mim é não haver cenas. Mas a vida é difícil. E a mente humana cria cenas. Estou-me nas tintas para as cenas. Mas se não houvesse cenas teríamos mais desemprego para os pintores dos cenários...De um cenário não prescindo: aquele que estende o seu vestido branco na areia e a que as gaivotas deram o nome de mar...
***
Luis Eme disse...
passar aqui? só por cima!
***
Pitanga Doce disse...
"primeiro tiram-se os sapatos" ...
e depois atira-se a paciência pela janela. hehe
***
Maria disse...
... mas quem me mandou vir pela auto-estrada...
Qual? Quase todas!
***
Rosa dos Ventos disse...
Eu tirava a blusa!
O alcatrão deve estar muito quente para ficar descalça... :-))
***
triliti star disse...
e os teu olhos são janelas
e vê-se o mundo por elas...
***
tulipa disse...
Para uns o Verão é andar em enormes filas de carros...
Para outros é, infelizmente, estar de cama, doente.
***
mixtu disse...
cuidado que te atropelam...yayya
***
as velas ardem ate ao fim disse...
Olha a foto deu me vontade de rir...
que nos dia de hoje tem sido bem dificil.
***
Maripa disse...
Olha...eu tinha tido era juizo se tivesse ficado em casa...a minha avó bem me avisou!
Agora é aguentar...
***
Joao P. disse...
Cena incomum!
Pouco me importa se és grande, se devo ou não devo...Estou farta!
Aqui me fico...
***
poetaeusou . . . disse...
STOP, não,
TRIANGULO, não,
uma T'shirt ,vermelha, basta.
***
ausenda disse...
Infindável asfalto...!
Um dia chegaremos lá!
***
Lúcia disse...
Eu acho que hoje já vamos descalços:)
***
Ferreira Alves disse...
Para o Eduardo Aleixo:
Também os animais sofrem de solidão, e depressão e outras coisas terminadas em ão... confusão, talvez. É melhor ter dois gatos. Um sózinho, pode ser uma cena :)As melhoras para a bichinha.
***
pin gente disse...
desculpa... ela estava era a calçar as sapatilhas! tens umas?ora vê se a apanhas!
***
heretico disse...
calor no asfalto... rss

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cenas de Verão...

vazio?!...

Luis Eme disse...
o mar era surpreendente, além de falar com aquele vozeirão forte, era de caprichos.
Naquela manhã encurtou a maré para não acabar com os batimentos daquele coração de areia...
***
Maria disse...
Chega mais um pouco junto de mim. Estou sedento. De ti.
Refresca-me com o teu abraço. E leva-me contigo...
***
Lídia Borges disse...
Quem não se "encolhe" perto de um coração que promete amor?
***
Pitanga Doce disse...
"vazio"?!... SIM!
***
poetaeusou . . . disse...
*recuado mar . . .
***
ausenda disse...
Riscos na areia
que só o coração
pode decifrar
rabiscos de amor
levados pelas gaivotas
no seu pipilar...!
***
Mar Arável disse...
Bate ao ritmo das marés
***
as velas ardem ate ao fim disse...
Também queria um coração assim...
***
heretico disse...
em explosão de marés... vivas!
***
Maripa disse...
...e o coração palpita...o mar me quer,o mar me quer,
o mar me quer...
***
Clotilde S. disse...
"Perdi meu coração no areal.Se o encontrares,
desenha nele o teu nome, meu amor."
***
pin gente disse...
parece-me repleto o teu peito
preenchido do ar que respiramos
pleno nos afectos e sentires
pois em todas as praias nos amamos
***
Joao P. disse...
Verão sem paixão não é Verão
***
Rosa dos Ventos disse...
À espera que venha nova maré!
***
Mateso disse...
as linhas de sentir que o mar guardou.
***
PreDatado disse...
Disseram e disseram muito bem!
***
OLHAR VAGABUNDO disse...
cenas de verão...
***
Licínia Quitério disse...
Logo, logo, estará cheio.
***
mateo disse...
Vazio com tanto mar e tanta areia?
O coração é rocha!