Um Homem percorre o mundo inteiro em busca daquilo que precisa e volta a casa para encontrá-lo. "George Moore"
terça-feira, 2 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Págª 107

Miguel Torga
«Diário (1943)»
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Palavras Roubadas...
Hoje Fico à Tua Espera
Hoje fico à tua espera.
Pego em giz colorido
E desenho uma porta, a castanho.
Recorto uma chave de papel,
Pego nela e abro a porta.
Depois, com giz cinzento
Desenho uma estrada muito comprida
Ponho árvores verdinhas nas bermas,
Papoilas vermelhas nos campos
E um rebanho a pastar.
Com o giz azul faço um rio e peixes.
Em tons de musgo, pinto um velho barco
Parado na margem.
Ao longe, espalho pó roxo e rosa
Na curva das montanhas, perto do céu.
Por fim, faço um grande sol amarelo.
Não pinto nenhuma nuvem,
Nem branca nem cinzenta
Pode chover
E não quero que te molhes
Quando vieres.
Hoje fico à tua espera
Quero dar-te o meu desenho.
Lídia Borges
Blogue: Searas de Versos
Hoje fico à tua espera.
Pego em giz colorido
E desenho uma porta, a castanho.
Recorto uma chave de papel,
Pego nela e abro a porta.
Depois, com giz cinzento
Desenho uma estrada muito comprida
Ponho árvores verdinhas nas bermas,
Papoilas vermelhas nos campos
E um rebanho a pastar.
Com o giz azul faço um rio e peixes.
Em tons de musgo, pinto um velho barco
Parado na margem.
Ao longe, espalho pó roxo e rosa
Na curva das montanhas, perto do céu.
Por fim, faço um grande sol amarelo.
Não pinto nenhuma nuvem,
Nem branca nem cinzenta
Pode chover
E não quero que te molhes
Quando vieres.
Hoje fico à tua espera
Quero dar-te o meu desenho.
Lídia Borges
Blogue: Searas de Versos
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Outra Janela...
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Da Janela Sul...
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Leituras
Amar Teus Olhos
Podia com teus olhos
escrever a palavra mar.
Podia com teus olhos
escrever a palavra amar
não fossem amor já teus olhos.
Podia em teus olhos navegar
conjugar os verbos dar e receber.
Podia com teus olhos
escrever o verbo semear
e ser tua pele
a terra de nascer poema.
Podia com teus olhos escrever
a palavra além ou aqui
ou a palavra luar,
recolher-me em teus olhos de lua
só teus olhos amar.
Podia em teus olhos perder-me
não fossem, amor, teus olhos,
o tempo de achar-me.
Carlos Melo Santos
«Lavra de Amor»
Podia com teus olhos
escrever a palavra mar.
Podia com teus olhos
escrever a palavra amar
não fossem amor já teus olhos.
Podia em teus olhos navegar
conjugar os verbos dar e receber.
Podia com teus olhos
escrever o verbo semear
e ser tua pele
a terra de nascer poema.
Podia com teus olhos escrever
a palavra além ou aqui
ou a palavra luar,
recolher-me em teus olhos de lua
só teus olhos amar.
Podia em teus olhos perder-me
não fossem, amor, teus olhos,
o tempo de achar-me.
Carlos Melo Santos
«Lavra de Amor»
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Leituras
Sob o Azul
o primeiro nome da terra
e todos os lugares de véspera
sob o azul
na pedra
transbordando
sob o azul dessa brancura
a que darei voo
pétala
um só prelúdio de onda
e as moradas do tempo
como nas lágrimas
fonte
e infinito
Marta Fialho
in «O escritor» nº24/25 -Dez.2009
o primeiro nome da terra
e todos os lugares de véspera
sob o azul
na pedra
transbordando
sob o azul dessa brancura
a que darei voo
pétala
um só prelúdio de onda
e as moradas do tempo
como nas lágrimas
fonte
e infinito
Marta Fialho
in «O escritor» nº24/25 -Dez.2009
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Págª 107
Mas não há nada tão decepcionante como desvendar um mistério. É como desvendar o truque de um prestigitador. Ficamos irritados retrospectivamente connosco por ter visto um mistério onde não havia. O mistério deve preservar-se para salvaguardarmos o respeito e o medo e haver ordem no mundo.
«Até ao Fim»
Vergílio Ferreira
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Da Janela Norte...
«Harmonioso vulto que em mim se dilui.
Tu és o poema
e és as origem donde ele flui.
Intuito de te ter. Intuito de amor
não compreendido.
Fica assim amor. Fica assim intuito.
Prometido.»
Natália Correia, in "O Livro dos Amantes"
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Autores
Neste corpo, a densa neblina, quase um hábito,
lentamente descida, sedimento e sede,
subtilmente o acalma. Ancora que se desloca,
movediça e infirme. Só no olhar, além
da luz e da cal, se distinguem os desejos
e a mestria das palavras. E não há remos
nem astros. Convido a neblina a esta
mesa de chumbo, onde nada levanta o fogo
solar ou os signos se alteiam. É a hora
em que o corpo treme e a sombra lavra as frouxas
manhãs. O que serão as tardes, sob a névoa,
quando o vigor agoniza e o vão das águas abre
o caos e os ecos? Estaremos em paz,
usando a palavra, última herdeira das areias.
Orlando Neves
«Decomposição - o Corpo»
lentamente descida, sedimento e sede,
subtilmente o acalma. Ancora que se desloca,
movediça e infirme. Só no olhar, além
da luz e da cal, se distinguem os desejos
e a mestria das palavras. E não há remos
nem astros. Convido a neblina a esta
mesa de chumbo, onde nada levanta o fogo
solar ou os signos se alteiam. É a hora
em que o corpo treme e a sombra lavra as frouxas
manhãs. O que serão as tardes, sob a névoa,
quando o vigor agoniza e o vão das águas abre
o caos e os ecos? Estaremos em paz,
usando a palavra, última herdeira das areias.
Orlando Neves
«Decomposição - o Corpo»
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Autores
«Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.»
Millôr Fernandes
Millôr Fernandes
sábado, 14 de agosto de 2010
Outra Janela...
sábado, 10 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Autores
Conhece alguém as fronteiras à sua alma, para que dizer - eu sou eu ?
Fernando Pessoa
«Livro do Desassossego»
sábado, 26 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
Autores
Quem veio escrever estas palavras? Abre
sem pressa o livro, mas nem sequer o leias
todo. Deixa que fiquem algumas dessas páginas
caídas ao teu lado. Assim talvez encontres
a imobilidade que finalmente existe
no seu interior. É tudo o que recebes
de alguém que nem sequer te pode conhecer
quando faz para ti um derradeiro gesto.
Fernando Guimarães
«Lições de Trevas»
sem pressa o livro, mas nem sequer o leias
todo. Deixa que fiquem algumas dessas páginas
caídas ao teu lado. Assim talvez encontres
a imobilidade que finalmente existe
no seu interior. É tudo o que recebes
de alguém que nem sequer te pode conhecer
quando faz para ti um derradeiro gesto.
Fernando Guimarães
«Lições de Trevas»
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Leituras...
A propósito de cada desejo deve-se colocar a questão: «Que vantagem resultará se eu não o satisfizer?»
Epicuro
Grécia Antiga (Samos, 341 a.c - Atenas, 270 a.c)
segunda-feira, 14 de junho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
13 de Junho de 1888
Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
Fernando Pessoa
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
Fernando Pessoa
sábado, 12 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Autores
Ternura
Desvio dos ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Morão-Ferreira
Infinito Pessoal
Desvio dos ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Morão-Ferreira
Infinito Pessoal
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
No Dia Internacional dos Museus
Situado no Centro Histórico da Vila de Sintra
«Se houvéssemos de eleger três símbolos do esforço que o Homem já fez pela emancipação e pela beleza, três símbolos da assombrosa obra que já efectuou e da nova forma de vida que está preparando sobre um planeta onde se têm prolongado tanto os grandes infortúnios, pensaríamos imediatamente, inevitavelmente, numa Biblioteca, num Laboratório e num Museu .... Ali se encontra, ora sofrida nas trevas, ora vivida à luz, a mais promissora e maravilhosa de todas as histórias.»
Ferreira de Castro
As Maravilhas Artísticas do Mundo (1959-63)
sexta-feira, 14 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
Mãe...e eu
sábado, 1 de maio de 2010
Começar Maio...
Inaugurar a palavra Amigo
Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra Amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neil
Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra Amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neil
Subscrever:
Mensagens (Atom)