terça-feira, 31 de maio de 2011

Da Janela Norte

Retive as marcas, as feridas por abrir, torneei o sangue, esbanjei ciclones.
- Mas nada.

domingo, 29 de maio de 2011

Outra Janela

«Pela reflexão, comedimento, auto-domínio, os sensatos podem tornar-se uma ilha que nenhum dilúvio poderá inundar.»

Textos Budistas

sexta-feira, 20 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

O que diz Maria ?

Amanhã, dia 18 de Maio - DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS

O tema é : «Museus e Memória»

Em Sintra, o Museu Ferreira de Castro marca assim a data:

10.00H - 18.00 H - Feira Do Livro

Pelas 15.00 H - "Leituras à Solta"

Entrada Livre

Apareçam :)

domingo, 15 de maio de 2011

Outra Janela

rosa maio

sábado, 14 de maio de 2011

O que diz Maria? (Resposta)

"Um dia a casa vem abaixo" - Esta frase não se referia à Casa de Maio, a todos os Amigos que aqui deixaram palavras simpáticas e de incentivo, obrigada.

Mas, como alguns sabem, outros não, é um facto que eu deixei de comentar outros blogues, e de blogar tanto como fazia por questões de saúde (visão).

Os blogues, como já disse em conversa com alguns Amigos são para «corredores de fundo», hoje em dia tive de me render ao Facebook, uma rede de «curtas distâncias», ou seja, estou menos Blogueana e mais Facebookeana!! :)

Espero que compreendam...

Um abraço a Todos

terça-feira, 10 de maio de 2011

O que diz Maria ?


Um dia a casa vem abaixo.

domingo, 8 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Leituras

Amo o Caminho que Estendes

Amo o caminho que estendes por dentro das minhas divisões.
Ignoro se um pássaro morto continua o seu voo
Se se recorda dos movimentos migratórios
E das estações.
Mas não me importo de adoecer no teu colo
De dormir ao relento entre as tuas mãos.

Daniel Faria
«Dos Líquidos»

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Outra Janela

mais um Maio...

domingo, 1 de maio de 2011

O que diz Maria?

Maio meu!
Mãe que saudades!
Dia do trabalhador até quando?...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Leituras

Idade

Conheci dias duradouros,
o sol tão longo entre manhã e tarde.
Um levantar súbito de luz
por trás da crista das heras no muro velho,
e depois descer no verão entre grades verdes
e para além do portão como a cair no Hades,
no inverno. Não havia tempo
nos dias longos, mas a passagem diária
do sol abençoado.

Fiama Hasse Pais Brandão

segunda-feira, 25 de abril de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A Todos uma Feliz Páscoa...

... e obrigada por todas as vossas palavras Amigas!

Maria P.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

O que diz Maria ?

Não gosto da palavra TROIKA!


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Diz o Povo


Ave que canta demais não sabe fazer o ninho.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

Leituras

Das coisas
que fiz a metro
todos saberão
quantos quilômetros são

Aqueles em centímetros
sentimentos mínimos
ímpetos infinitos não

Paulo Leminski

terça-feira, 5 de abril de 2011

Outra Janela

despertar

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O que diz Maria ?

Bom dia Abril com muita tristeza...

Maria P.

terça-feira, 29 de março de 2011

Outra Janela...

um passeio?...

domingo, 27 de março de 2011

O que diz Maria?


É tão bom deixar aqui o meu olhar para o vosso olhar.


Grata!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Outra Janela

a tarde do dia

segunda-feira, 21 de março de 2011

No Dia Mundial da Poesia

Só As Águas

Só as águas me acalmam. Águas frias
dos deuses regressados da loucura.
Nelas mergulho as mãos ao encontro
dos peixes da alegria. Com elas vão
os olhos e as imagens daqueles dias
em que o dia foi de todos. Antes
do saque da cidade. Antes dos muros.
Antes de nos venderem o medo de ter medo
e as sete chaves para fechar o coração.
As águas me darão o santo e a senha,
o novo abre-te sésamo das portas
da abundância repartida, do amor
de mão em mão, da claridade.
No hoje espero, as mãos na água,
e com elas os olhos e os pés bem firmes
na brancura das pedras que restaram.

Licínia Quitério
«Poemas do Tempo Breve»

domingo, 20 de março de 2011

Da Janela Sul

silêncio...

sábado, 19 de março de 2011

sábado, 12 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Leituras...

Amar Teus Olhos

Podia com teus olhos
escrever a palavra mar.
Podia com teus olhos
escrever a palavra amar
não fossem amor já teus olhos.

Podia em teus olhos navegar
conjugar os verbos dar e receber.
Podia com teus olhos
escrever o verbo semear
e ser tua pele
a terra de nascer poema.

Podia com teus olhos escrever
a palavra além ou aqui
ou a palavra luar,
recolher-me em teus olhos de lua
só teus olhos amar.

Podia em teus olhos perder-me
não fossem, amor, teus olhos,
o tempo de achar-me.

Carlos Melo Santos
«Lavra de Amor»

terça-feira, 8 de março de 2011

sábado, 26 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Leituras...

Natureza Quase

Eram mulheres à volta duma mesa.
Teciam conversas com linhas de voz.
Os olhos desviavam insectos verdes
a zumbirem memórias de outras mesas.
Deitavam cartas a convocar futuros.
No fruteiro, a natureza quase morta.
No retrato tinham pupilas vermelhas -
Como as feras no escuro.

Licínia Quitério
«De Pé sobre o Silêncio»

sábado, 19 de fevereiro de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Leituras...

Imagem Minha
Ficas a ler comprazida diante das rosas
silhueta que vislumbrei compus e reanimei.
Tinhas o perfil marcado cruamente pela luz,
as mãos claras no colo, os cabelos despojados
do brilho das cabeleiras soltas, mas juvenis
e sacudidos no início da tarde com alegria.
As páginas balouçavam do mesmo modo que as rosas
porque ao começar a tarde nos dias de Verão
brisas e vapores estendem-se desde o mar
até às margens floridas. No teu banco
adornado por festões de rosas trepadeiras
afastas os olhos do livro não absorta
mas para sempre atraída por inúmeras imagens.

Fiama Hasse Pais Brandão
«Três Rostos - Poemas Revistos»

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Da Janela Sul

bom dia...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Págª 107

O Inverno decorria tão frio como o anterior e a comida era ainda mais escassa. Mais uma vez, todas as rações foram reduzidas, excepto as dos cães e porcos. Uma igualdade demasiado rígida nas rações, explicou Squealer, seria contrária aos princípios do Animalismo. De qualquer modo, não teve dificuldade em provar aos outros animais que, na realidade, não havia falta de comida, apesar das aparências. Na verdade, agora fora considerado necessário fazer reajustamento nas rações (Squealer falava sempre em «reajustamento», nunca em «redução»).

O Triunfo dos Porcos

George Orwell

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Outra Janela

no brilho do sol

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Leituras...

De Esquecer

Demorei-me muito tempo ao pé de ti.
As portas fechadas por dentro, como se encerrasses
o amor e a lei. Demorei-me demais. Ao fim da tarde,
nesse mesmo dia que já morreu,
olhámo-nos devagar, mas distraídos. Diria até que anoiteceu.

Nunca falámos do amor que chega tarde.
Nem o interpelámos (como se já não pudesse
ter nome). Fingia ter esquecido o teu corpo
nas muralhas. Nas areias.

Vês aqui alguma figura? Ninguém vê.
Repara no ponto preto que alastra na margem do quadro,
nas minhas lágrimas desse tempo.
Relê.

Luis Filipe Castro Mendes
«Modos de Música»

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Outra Janela

regresso devagar
procuro-te
Luz
entre as margens
agora rochas
duras
demasiado duras...

Maria P.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Da Janela Norte

tão inverno...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Leituras...

Os Amantes de Novembro

Ruas e ruas dos amantes
Sem um quarto para o amor
Amantes são sempre extravagantes
E ao frio também faz calor

Pobres amantes escorraçados
Dum tempo sem amor nenhum
Coitados tão engalfinhados
Que sendo dois parecem um

De pé imóveis transportados
Como uma estátua erguida num
Jardim votado ao abandono
De amor juncado e de outono.

Alexandre O'Neill

sábado, 8 de janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Voz do Povo


Em Janeiro sobe ao outeiro. Se vires verdejar, põe-te a chorar. Se vires nevar põe-te a cantar.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Da Minha Janela



Feliz 2011 a Todos!

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Cinco Poemas

Amigo

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!

«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neill

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cinco Poemas

Para os Amigos

Os Amigos

Os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria —
por mais amarga.

Eugénio de Andrade

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cinco Poemas

Para Os Amigos

Bilhete para o Amigo Ausente

Lembrar teus carinhos induz
a ter existido um pomar
intangíveis laranjas de luz
laranjas que apetece roubar.

Teu luar de ontem na cintura
é ainda o vestido que trago
seda imaterial seda pura
de criança afogada no lago.

Os motores que entre nós aceleram
os vazios comboios do sonho
das mulheres que estão à espera
são o único luto que ponho.

Natália Correia

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cinco Poemas

Para os Amigos

Antes que Seja Tarde
Amigo, tu que choras uma angústia qualquer
e falas de coisas mansas como o luar
e paradas
omo as águas de um lago adormecido,
acorda!
Deixa de vez
as margens do regato solitário
onde te miras
como se fosses a tua namorada.
Abandona o jardim sem flores
desse país inventado
onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo
de barco ao deus-dará
e esse ar de renúncia
às coisas do mundo.
Acorda, amigo,
liberta-te dessa paz podre de milagre
que existe
apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha,
abre os braços e luta!
Amigo,
antes da morte vir
nasce de vez para a vida.

Manuel da Fonseca