terça-feira, 24 de janeiro de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Leituras

Chegastes à minha vida com o que trazias,
feita de luz e pão e sombra,
eu te esperava,
e é assim que preciso de ti

Pablo Neruda

sábado, 14 de janeiro de 2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Leituras

O Mar é Longe, mas Somos Nós o Vento

O mar é longe, mas somos nós o vento;
e a lembrança que tira, até ser ele,
é doutro e mesmo, é ar da tua boca
onde o silêncio pasce e a noite aceita.
Donde estás, que névoa me perturba
mais que não ver os olhos da manhã
com que tu mesma a vês e te convém?
Cabelos, dedos, sal e a longa pele,
onde se escondem a tua vida os dá;
e é com mãos solenes, fugitivas,
que te recolho viva e me concedo
a hora em que as ondas se confundem
e nada é necessário ao pé do mar.

Pedro Tamen

sábado, 17 de dezembro de 2011

domingo, 27 de novembro de 2011

Outra Janela

As palavras são a nossa condenação.
Com palavras se ama, com palavras se odeia.
E, suprema irrisão, ama-se e odeia-se com as mesmas palavras!

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Da Janela Sul

depois o azul

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Autores

Não há normas.
Todos os homens são excepções a uma regra que não existe.

Fernando Pessoa
Aforismos e Afins

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Outra Janela

há um céu, há um mar assim

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Autores

Mas que sei eu

Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha

Ruy Belo

sábado, 29 de outubro de 2011

Outra Janela

azul, verde e areia

domingo, 23 de outubro de 2011

Leituras da tarde...

QUE ISTO SEJA ESQUECIDO

Que isto seja esquecido como uma flor, ou como
fogo de áureo gorjeio que ninguém já relembre...
É bom amigo, o tempo, que nos traz a velhice.
Que isto seja esquecido e para todo o sempre.

E se alguém perguntar, dize - foi esquecido
há muito, muito tempo,
como uma flor, um fogo, uma surda pegada
numa neve esquecido há um tempo imenso...

Sara Teasdale (1884-1933)
Trad. de Cecília Meireles

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Da Janela Sul

quando a tarde desceu...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Palavras de Ruy Belo

Mas que sei eu

Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha

domingo, 25 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Da Janela Sul

outro voar

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Palavras de: Ana Hatherly

"O desejo é sempre uma forma de violação, o fascínio inclemente do não-acessível."

domingo, 18 de setembro de 2011

Outra Janela

é Setembro

terça-feira, 23 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Leituras

EU ESCREVI UM POEMA TRISTE

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!


Mario Quintana


« A Cor do Invisível»


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Outra Janela

encontros...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Leituras

Vêm-me aos olhos as palavras
Que ouvi noutras eras
Da tua boca amordacei o beijo
Que hoje me queima de saudades
Perfeito é ser bem sem ser belo
Ser, apenas ser, na harmonia do amor
Ser perfume e cheiro
A tua carícia, o teu desprezo, o meu desejo
Doces malícias da mente
Mas criar, meu bem, vem primeiro.

João Sevivas
"Sons da Noite"

sábado, 30 de julho de 2011

Outra Janela

suavemente rosa

terça-feira, 26 de julho de 2011

Leituras

Som da Linguagem

Por vezes reaprendo
o som inesquecível da linguagem
Há muito desligadas
formam frases instáveis as

palavras
Aos excessos do céu cede o silêncio
as constelações caem vitimadas
pelo eco da fala

Gastão Cruz

sábado, 16 de julho de 2011

Da Janela Sul

É muito difícil conhecer as nossas limitações.
Porque dentro de uma casa não se vê essa casa.

Vergílio Ferreira

quinta-feira, 14 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

Leituras

Quanto Mais Amada Mais Desisto

De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.

Natália Correia

domingo, 3 de julho de 2011

Outra Janela



Há vários motivos para não amar uma pessoa, e um só para amá-la; este prevalece.



Carlos Drummond

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Da Janela Sul

... a grão

segunda-feira, 20 de junho de 2011

sábado, 18 de junho de 2011

Leituras

Estrada de Fogo

Pedra a pedra a estrada antiga
sobe a colina, passa diante
de musgosos muros e desce
para nenhum sopé;

encurva, na abstracta encruzilhada;
apaga-se, na realidade. Morre
como o rastilho do fogo,
que de campo em campo aberto

seguia, e ao bater na mágica cancela
dobrava a chama, para uma respiração,
e deixava o caminho do portal
incólume e iniciado.

Fiama Hasse Pais Brandão

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Outra Janela...

lugar de me amanhecer

sábado, 11 de junho de 2011

Da Janela Sul

O essencial é invisível aos olhos

Antoine de Saint-Exupéry

sexta-feira, 10 de junho de 2011

10 de Junho

Verdes são os campos

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís de Camões

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dia Internacional dos Arquivos

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, por lá passei alguns tempos...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O que diz Maria?


Aquele silêncio provoca (me) um enorme desassossego.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Leituras...

Dois Amantes

Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tantas vezes enquanto vivem,
são eternos como é a Natureza.

Pablo Neruda

terça-feira, 31 de maio de 2011

Da Janela Norte

Retive as marcas, as feridas por abrir, torneei o sangue, esbanjei ciclones.
- Mas nada.

domingo, 29 de maio de 2011

Outra Janela

«Pela reflexão, comedimento, auto-domínio, os sensatos podem tornar-se uma ilha que nenhum dilúvio poderá inundar.»

Textos Budistas

sexta-feira, 20 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

O que diz Maria ?

Amanhã, dia 18 de Maio - DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS

O tema é : «Museus e Memória»

Em Sintra, o Museu Ferreira de Castro marca assim a data:

10.00H - 18.00 H - Feira Do Livro

Pelas 15.00 H - "Leituras à Solta"

Entrada Livre

Apareçam :)

domingo, 15 de maio de 2011

Outra Janela

rosa maio

sábado, 14 de maio de 2011

O que diz Maria? (Resposta)

"Um dia a casa vem abaixo" - Esta frase não se referia à Casa de Maio, a todos os Amigos que aqui deixaram palavras simpáticas e de incentivo, obrigada.

Mas, como alguns sabem, outros não, é um facto que eu deixei de comentar outros blogues, e de blogar tanto como fazia por questões de saúde (visão).

Os blogues, como já disse em conversa com alguns Amigos são para «corredores de fundo», hoje em dia tive de me render ao Facebook, uma rede de «curtas distâncias», ou seja, estou menos Blogueana e mais Facebookeana!! :)

Espero que compreendam...

Um abraço a Todos