domingo, 5 de outubro de 2008

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Olhar o céu é, nos nossos climas, uma ocasião de viver: instintivamente, voltamos para ele os nossos olhos. O poeta meridional, cheio de imagens e de cores, contempla-o; o burguês trivial, admira-o; pela manhã, abre-se a janela e vai-se ver o céu! É um íntimo sempre presente na nossa vida; o nosso estado depende dele: enevoado, entristece-nos; claro e lúcido, alegra-nos; cheio de nuvens eléctricas, enerva-nos. É no Céu que vemos Deus... E mesmo despovoado de deuses, é ainda para o homem o lugar donde ele tira força, consolação e esperança. A paisagem é feita por ele, a arte imita-o, os poetas cantam-no.

Eça de Queirós
in «O Egipto»

4 comentários:

Manuel Veiga disse...

subir ao Céu... na Terra!

beijo

Luis Eme disse...

o céu é mesmo para todos...

beijos M. Maria Maio

poetaeusou . . . disse...

*
o eça etéreo . . .
,
bj,
h,
,
*

Maria P. disse...

Herético,
acontece...
Beijinhos*

Luís,
será?...
Beijos.

Poetaeusou,
concordo.
Beijinhos*