domingo, 8 de novembro de 2009

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O Tempo Torna Tudo Irreal

O tempo, propriamente dito, não existe (excepto o presente como limite), e, no entanto, estamos submetidos a ele. É esta a nossa condição. Estamos submetidos ao que não existe. Quer se trate da duração passivamente sofrida - dor física, esperança, desgosto, remorso, medo -, quer do tempo organizado - ordem, método, necessidade -, nos dois casos, aquilo a que estamos submetidos, não existe. Estamos, realmente, presos por correntes irreais. O tempo, irreal, cobre todas as coisas e até nós mesmos, de irrealidade.

Simone Weil
«A Gravidade e a Graça»

5 comentários:

Luis Eme disse...

será?

bjs M. Maria Maio

Lídia Borges disse...

Interessante! Muitas vezes me defronto com dúvidas sobre a existência real do tempo. Mesmo o presente é tão ínfimo que enquanto reflectimos sobre ele, já se tornou passado...
No entanto, vivemos em função dele.

Um beijo

João Paulo Proença disse...

Sim, faz sentido. O tempo é mesmo uma convenção...

Depios deixamo-nos escravizar por ele

Beijo

João

poetaeusou . . . disse...

*
Tempo,
um prazo abstracto,
,
conchinhas,
jh,
*

Maria P. disse...

O tempo esse "controlador" de actos e até de sentimentos, digo eu, chega e logo passa...

Beijinhos*