sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Bom fim-de-semana...xl


Um idealista é um homem que, partindo de que uma rosa cheira melhor do que uma couve, deduz que uma sopa de rosas teria também melhor sabor...


Ernest Hemingway



quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Da janela norte...

não são dunas...

Autores

Silêncio, Nostalgia...

Silêncio, nostalgia...
Hora morta, desfolhada,
sem dor, sem alegria,
pelo tempo abandonada.

Luz de Outono, fria, fria...
Hora inútil e sombria
de abandono.
Não sei se é tédio, sono,
silêncio ou nostalgia.

Interminável dia
de indizíveis cansaços,
de funda melancolia.
Sem rumo para os meus passos,
para que servem meus braços,
nesta hora fria, fria?

Fernanda de Castro
«Trinta e Nove Poemas»

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Outra Janela...

foi hoje à tardinha...

Autores

O mistério nem sempre cresce no desconhecido, porque o desconhecido é muitas vezes só isso: pode crescer no conhecido, quando é o seu terrível espanto. O impossível nem sempre nasce do que se não tem, porque o milagre do futuro se acredita: o impossível quase sempre nasce do que se tem, porque se tem e se espera ainda...

Vergílio Ferreira
«Estrela Polar»

domingo, 23 de novembro de 2008

Da janela norte...

entradas no tempo

voz do povo


O tempo é mestre


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bom fim-de-semana...

Mesa dos Sonhos

Ao lado do homem vou crescendo

Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente

Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo

E defendo-me da morte povoando
De novos sonhos a vida

Alexandre O'Neill,


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Outra Janela...

entre afectos e afagos, Outono-me...


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Autores

Acontecer

Aproveitando a nesga do silêncio
sentamo-nos no prado verde-luz
e varremos o céu com os olhos de água.
No entrelaçar dos dedos magoados,
aprisionamos desejos de regressos.
Ofertamos os ombros à neblina
o gosto de gengibre pela boca.

Por vezes acontece um fim de tarde assim-
a sombra do salgueiro a afagar-nos a nuca,
o sono de menino a embalar-nos o colo.

Tão breve, tão breve este sangrar do dia.


Foi no sábado, o "acontecer" deste livro, a Licínia está de parabéns, naturalmente...

A tarde entre Amigos foi belíssima...

domingo, 16 de novembro de 2008

Outra Janela... I

nas eras do meu Outono...

voz do povo


A amizade é o porto da vida.

Da janela sul...

Eu encontro-me sempre perto do mar, só ali as lágrimas são mais salgadas que as do meu rosto...

Um comentário feito aqui:
O Cheiro da Ilha

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Da janela sul...


hoje não há palavras, legenda, título...

Hoje dia 13, vou juntar as vossas palavras: abandonado; solitário; mil palavras; realizações; à deriva; nostalgia; cinzento;belo; fundeado; ...

Autores

Esta noite o vento ceifa os bosques e
uma raiva sacode a terra. Se a voz
do mar chamasse pelas velas, os estreitos
aguardariam um naufrágio. E se dissesses
o meu nome eu morreria de amor.

Devo, por isso, afastar-me de ti - não
por medo de morrer (que é de já não
o ter que tenho medo), mas porque a chuva
que devora as esquinas é a única canção
que se ouve esta noite sobre o teu silêncio.

Maria do Rosário Pedreira
«O Canto do Vento nos Ciprestes »

Da janela norte...

na outra margem, o monte...


terça-feira, 11 de novembro de 2008

... era uma vez

O porquê do "Verão" de S. Martinho

Hoje que é o seu dia, 11 de Novembro.
Conta a lenda que um cavaleiro romano andava a fazer a ronda, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, quase sem roupa,e...o dia estava chuvoso e frio - logo - o velhinho estava encharcado. O cavaleiro, de seu nome Martinho, que era bondoso e gostava de ajudar as pessoas mais pobres, ao ver aquele mendigo, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio, com a espada.
Depois deu a metade da capa ao mendigo e partiu.
Passado algum tempo a chuva parou e apareceu no céu um lindo Sol.
O "Verão" de S. Martinho.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Outra Janela...

margem de Outono a Oeste...

1 2 3, diz outra vez!

O trigo disse pr`ó centeio:
- Cala-te lá centeio, centeiaço.
Que tu não fazes.
Que tu não fazes.
As funções que eu faço.

O centeio disse pr`ó trigo:
- Cala-te lá trigo espademudo.
Que tu não acodes.
Que tu não acodes.
Ao que eu acudo.

Então a aveia disse:
- Eu sou a aveia magra e feia,
quem me tiver em casa,
não vai para a cama sem ceia!

Cantilena popular.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Da janela norte...

um nada imenso de tudo-frio

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Aforas




é do Outono
é do frio
é do vento
é do Inverno quase a chegar,
esta vontade de bater com a porta?!...
Estas dores.
É mesmo do tempo.

Diz a voz do povo...

domingo, 2 de novembro de 2008

Outra Janela...

bilhete-postal

sábado, 1 de novembro de 2008

Autores

Tenho Saudades do Calor ó Mãe
Tenho saudades do calor ó mãe que me penteias
Ó mãe que me cortas o cabelo — o meu cabelo
Adorna-te muito mais do que os anéis

Dá-me um pouco do teu corpo como herança
Uma porção do teu corpo glorioso — não o que já tenho —
O que em ti já contempla o que os santos vêem nos céus
Dá-me o pão do céu porque morro
Faminto, morro à míngua do alto

Tenho saudades dos caminhos quando me deixas
Em casa. Padeço tanto
Penso tanto
Canto tão alto quando calculo os corpos celestes

Ó infinita ó infinita mãe

Daniel Faria
«Dos Líquidos»

Tempo de agradecer...

A Carla, blogue: Palavras em desalinho e o Eduardo, blogue: À Beira de Água tiveram a gentileza de oferecer este mimo à Casa de Maio, muito obrigada pelo carinho e simpatia que sempre demonstram.
Beijinho aos dois!

Desta vez não vou escolher ninguém em particular, gosto de todos os Amigos da Casa...