Silêncio, Nostalgia...
Silêncio, nostalgia...
Hora morta, desfolhada,
sem dor, sem alegria,
pelo tempo abandonada.
Luz de Outono, fria, fria...
Hora inútil e sombria
de abandono.
Não sei se é tédio, sono,
silêncio ou nostalgia.
Interminável dia
de indizíveis cansaços,
de funda melancolia.
Sem rumo para os meus passos,
para que servem meus braços,
nesta hora fria, fria?
Fernanda de Castro
«Trinta e Nove Poemas»
5 comentários:
Por um momento lembrei-me de Florbela Espanca...
Beijinho, Maria
Poema de melancolia, de espera...até ser dia. Não tarda aí.
Bj.
EA
Há momentos destes em qualquer época, mas a melancolia é marca de Outono, seguramente!
Abraço
*
Não vás para tão longe;
Quero ver
Se ainda sabes olhar-me como d'antes,
E se nas tuas mãos acariciantes,
Inda existe o perfume de que eu gosto.
,
in-fernanda de castro,
,
bj,h,
,
*
São sem dúvida palavras de "Outono" assim as li, e senti...
Beijinhos*
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