quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010






Sê alegre apenas depois de dares a volta à vida toda. E regressares então a uma flor, ao sol num muro, a um verme no chão. A profunda alegria não é a do começo mas a do fim.

Vergílio Ferreira


sábado, 26 de dezembro de 2009

Da janela sul...

numa serena serenata serenou...

Autores

Um dia

Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.

O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.

Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.

Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, 19 de dezembro de 2009

A Todos...


...

As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável.


Madre Teresa de Calcutá

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Da janela norte...

gelou...

Autores

A Forma Justa

Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos — se ninguém atraiçoasse — proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
— Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo

Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo

Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Da janela sul...

branco solto...

Autores

Quem faz um poema abre uma janela.

Mário Quintana

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Obrigada...

Obrigada a:
Elzie Crisler Segar
(8 de Dezembro de 1894) foi um cartonista, mais conhecido por ser o criador de Popeye, personagem que apareceu pela primeira vez numa tirinha cómica no seu jornal em 1929.

Adoro o Popeye!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Outra janela...

para lá do olhar...

Autores

Vida

Sempre a indesencorajada alma do homem
resoluta indo à luta.
(Os contingentes anteriores falharam?
Pois mandaremos novos contingentes
e outros mais novos.)
Sempre o cerrado mistério
de todas as idades deste mundo
antigas ou recentes;
sempre os ávidos olhos, hurras, palmas
de boas-vindas, o ruidoso aplauso;
sempre a alma insatisfeita,
curiosa e por fim não convencida,
lutando hoje como sempre,
batalhando como sempre.

Walt Whitman

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Da janela norte...

Por lá
onde o frio aquece a saudade
onde o vento alinha o sentir
onde o branco pinta sorrisos...
Por lá
abrigo-me na montanha...

Maria P.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

domingo, 22 de novembro de 2009

Outra janela...

sem horizonte...

Leituras...

Tentar provar o futuro é muito mais interessante do que poder conhecê-lo. Como no jogo, não o ganhar, mas o poder ganhar. Porque nenhuma vitória se ganha se se não puder perder.

Vergílio Ferreira

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Da janela norte...

poema sem cor


Autores

A Cor da Liberdade

Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora encondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Jorge de Sena

sábado, 14 de novembro de 2009

Outra janela...

Há não sei que semelhança entre a eloquência e o raio. O raio abrasa, pulveriza quase sem queimar; a eloquência quase sem persuadir.

Camilo Castelo Branco

domingo, 8 de novembro de 2009

Da janela norte...

tempo embriagado...

Autores

O Tempo Torna Tudo Irreal

O tempo, propriamente dito, não existe (excepto o presente como limite), e, no entanto, estamos submetidos a ele. É esta a nossa condição. Estamos submetidos ao que não existe. Quer se trate da duração passivamente sofrida - dor física, esperança, desgosto, remorso, medo -, quer do tempo organizado - ordem, método, necessidade -, nos dois casos, aquilo a que estamos submetidos, não existe. Estamos, realmente, presos por correntes irreais. O tempo, irreal, cobre todas as coisas e até nós mesmos, de irrealidade.

Simone Weil
«A Gravidade e a Graça»

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Outra janela...

abraço-te...

Autores

Um Amor
Aproximei-me de ti; e tu, pegando-me na mão,
puxaste-me para os teus olhos
transparentes como o fundo do mar para os afogados. Depois, na rua,
ainda apanhámos o crepúsculo.
As luzes acendiam-se nos autocarros; um ar
diferente inundava a cidade. Sentei-me
nos degraus do cais, em silêncio.
Lembro-me do som dos teus passos,
uma respiração apressada, ou um princípio de lágrimas,
e a tua figura luminosa atravessando a praça
até desaparecer. Ainda ali fiquei algum tempo, isto é,
o tempo suficiente para me aperceber de que, sem estares ali,
continuavas ao meu lado. E ainda hoje me acompanha
essa doente sensação que
me deixaste como amada ~
recordação.

Nuno Júdice

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

III

sinais de Outono...

Poesia...

Só a Natureza é Divina, e Ela não é Divina...

Só a natureza é divina, e ela não é divina...
Se falo dela como de um ente
É que para falar dela preciso usar da linguagem dos
homens
Que dá personalidade às cousas,
E impõe nome às cousas.
Mas as cousas não têm nome nem personalidade:
Existem, e o céu é grande a terra larga,
E o nosso coração do tamanho de um punho fechado...
Bendito seja eu por tudo quanto sei.
Gozo tudo isso como quem sabe que há o sol.


Alberto Caeiro
«O Guardador de Rebanhos - Poema XXVII»

terça-feira, 20 de outubro de 2009

II

sinais de Outono...


Voz do Povo


Logo que Outubro venha, procura a lenha.

domingo, 18 de outubro de 2009

I

sinais de Outono...

Autores

Há pequenas impressões finas como um cabelo e que, uma vez desfeitas na nossa mente, não sabemos aonde elas nos podem levar. Hibernam, por assim dizer, nalgum circuito da memória e um dia saltam para fora, como se acabassem de ser recebidos. Só que, por efeito desse período de gestação profunda, alimentada ao calor do sangue e das aquisições da experiência temperada de cálcio e de ferro e de nitratos, elas aparecem já no estado adulto e prontas a procriar. Porque as memórias procriam como se fossem pessoas vivas.

Agustina Bessa-Luís, in «Antes do Degelo»

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

...abraço

Recebi um abraço da As velas ardem sempre até ao fim...
Obrigada:)

Com o abraço,... um desafio, este:

1 - Quem mais gostas de abraçar no presente?

O bloguista deste preguiçoso blogue -Estou a brincar...


2 - Quem nunca abraçarias?

Ui! É melhor não dizer...


3 - Quem davas tudo para poder abraçar?

Abraçar de novo, a minha Mãe.

Deixo um ABRAÇO a todos os Amigos da Casa, levem o abraço...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Da janela sul...

lugares de mim...

Voz do Povo

Quem tem esperança, tem paciência...

domingo, 27 de setembro de 2009

Outra janela...

nada acaba para sempre...


Autores

A Última Ceia

Trouxe as palavras e colocou-as sobre a mesa.
Trouxe-as dentro das mãos fechadas (alguns disseram
que apenas escondia as feridas do silêncio).

Pousou-as na mesa e começou a abri-las devagar,
Tão devagar como passa o tempo quando tempo
não passa. E depois distribui-as pelos outros,
multiplicou-se em dedos, em palavras (alguém disse
que chegariam a todos, ultrapassariam os séculos e
teriam a duração do tempo quando o tempo perdura).

Ceou com todos pão que não levedara e o vinho áspero
das videiras magras do monte que os ventos dizimavam.
Quando se ergueu, havia ainda palavras sobre a mesa,
coisas por dizer no resto do pão que alguém deixara,
feridas fundas nas mãos que fechou em silêncio e devagar.

Perto dali uma figueira florescia. À espera.

Maria do Rosário Pedreira
A Casa e o Cheiro dos Livros

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Da janela sul...


Viver é ansiar a felicidade possível e a impossível.

Camilo Castelo Branco

sábado, 19 de setembro de 2009

Outra janela...



As obras-primas devem ter sido geradas por acaso;
a produção voluntária não vai além da mediocridade.



Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Da janela sul...

olhar (te)

Autores

Ver-te é como ter á minha frente todo o tempo
é tudo serem para mim estradas largas
estradas onde passa o sol poente
é o tempo parar e eu próprio duvidar mas sem pensar
se o tempo existe se existiu alguma vez
e nem mesmo meço a devastação do meu passado

Ruy Belo

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

3 de Setembro...



Esta (em particular) é uma semana em que não respiro, sufoco!
Saudades sem medida de quem me faz tanta falta, a Mãe...

Maria P.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Outra janela...

finda (a)gosto

Autores

O Impossível baseia-se no Possível

O mistério nem sempre cresce no desconhecido, porque o desconhecido é muitas vezes só isso: pode crescer no conhecido, quando é o seu terrível espanto. O impossível nem sempre nasce do que se não tem, porque o milagre do futuro se acredita: o impossível quase sempre nasce do que se tem, porque se tem e se espera ainda...

Vergílio Ferreira, in «Estrela Polar»

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

domingo, 23 de agosto de 2009

Da janela sul...

vazante

Aforas...

Eu gosto da manhã, a brisa que beija o rosto,
o mar que murmura, segredo...
O vento que espalha os cabelos,
sentimentos vazantes
com a maré...

Gosto da manhã.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

No Dia Mundial da Fotografia...

grão de rocha...

... porque a vida são pedaços, são momentos
o olhar cativa-os
a fotografia torna-os eternos
momentos...
Maria P.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Autores

SOBRE O SEU RETRATO

Quando a idade fizer de mim o que agora não sou;
E cada ruga me disser onde o arado
Do tempo sulcou; quando o Gelo fluir
Atravessando cada veia e toda a minha cabeça se cobrir de neve:
Quando a morte exibir o seu frio sobre as minhas faces,
E eu, a mim mesmo o meu próprio Retrato procurar,
Não encontrando o que sou, mas o que fui;
Duvidando em qual acreditar, neste ou no meu espelho;
Embora eu mude, este permanecerá o mesmo;
Tal como foi desenhado, reterá a compleição primitiva
E a tez primeira; aqui poderão ainda ver-se
Sangue nas faces e uma Penugem sobre o queixo.
Aqui a testa permanecerá lisa, o olhar intenso,
O Lábio rosado e o cabelo de cor jovem.
Contemplai que fragilidade podemos ver no homem,
Cuja Sombra é menos do que ele propensa à mudança.


Thomas Randolph (1605-1635)
Trad. de Cecília Rego Pinheiro

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Da janela sul...


Invento

Deponho
suponho e descrevo
a pulso
subindo pela fímbria
do despido
Porque nada é verdade
se eu invento
o avesso daquilo que é vestido
Maria Teresa Horta

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Outra janela...



Nada entre nós tem o nome da pressa.
Conhecemo-nos assim, devagar, o cuidado
traçou os seus próprios labirintos. Sobre a pele
é sempre a primeira vez que os gestos acontecem. Porém,
se se abrir uma porta para o verão, vemos as mesmas coisas-
o que fica para além da planície e da falésia; a ilha,
um rebanho, um barco à espera de partir, uma palavra
que nunca escrevemos. Entre nós

o tempo desenha-se assim, devagar.
Daríamos sempre pelo mais pequeno engano.

Maria do Rosário Pedreira
«A Casa e o Cheiro dos Livros»

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Da janela sul...

labirinto


Autores

«Se fazes questão em reflectir sobre o enigma da vida e do universo, vê se te despachas depressa, que a espécie humana qualquer dia acaba.»

Vergílio Ferreira

domingo, 2 de agosto de 2009

Outra janela...

naquela torre...

Voz do Povo


Agosto, frio no rosto.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Da janela sul...

Tudo me é uma dança em que procuro
A posição ideal,
Seguindo o fio dum sonhar obscuro
Onde invento o real.

À minha volta sinto naufragar
Tantos gestos perdidos
Mas a alma, dispersa nos sentidos,
Sobe os degraus do ar...

Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 14 de julho de 2009

Cenas de Verão...FIM

Boas Férias a Todos, até um dia...

sábado, 11 de julho de 2009

Cenas de Verão...

Vamos ?
Maria disse...
Huuummm... com o calor que está hoje ninguém me tira daqui...:))
***
pin gente disse...
no comboinho?se for isso, eu alinho!
***
Mar Arável disse...
Claro. Mesmo não sendo o da Carris.
***
Eduardo Aleixo disse...
Um bom domingo no comboio das ondas do mar.
***
Lídia Borges disse...
Claro que sim. Bela fotografia!
***
Rosa dos Ventos disse...
Bora!...
***
Justine disse...
'Bora lá! Vai ser um belo passeio...
***
Pitanga Doce disse...
Espera que estou calçando os sapatos!!!!
***
Joao P. disse...
Onde?Ao palácio? sim claro!
então não foi para isso que aqui viemos?
Onde é que guardei o guia?
***
Oris disse...
Ainda há lugar? Ou já se esgotou a lotação???
***
ausenda disse...
Se for para ir para longe...vou!
***
mateo disse...
Há sempre um comboio que passa, não há?
Mas perco tantas vezes a carruagem...
***
heretico disse...
haverá gelados a bordo?
***
poetaeusou . . . disse...
*háááá,afinal,
sempre foi inaugurado . . .vivó TGV !!!
***
Maripa disse...
Oh!...Esperem por mim!
Também quero ir se ainda houver lugar.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cenas de Verão...

quando as obras continuam, as filas aumentam e o calor aperta, primeiro tiram-se os sapatos ...


Clotilde S. disse...
É assim no Verão, Maria. Todos nós andamos por outras cenas.
***
Eduardo Aleixo disse...
Cada um na sua cena. Há cenas e cenas. A minha gata jogou-se do quinto andar para baixo: que granda cena! Custou-me 400 euros. Cada um sabe da sua cena. A melhor cena para mim é não haver cenas. Mas a vida é difícil. E a mente humana cria cenas. Estou-me nas tintas para as cenas. Mas se não houvesse cenas teríamos mais desemprego para os pintores dos cenários...De um cenário não prescindo: aquele que estende o seu vestido branco na areia e a que as gaivotas deram o nome de mar...
***
Luis Eme disse...
passar aqui? só por cima!
***
Pitanga Doce disse...
"primeiro tiram-se os sapatos" ...
e depois atira-se a paciência pela janela. hehe
***
Maria disse...
... mas quem me mandou vir pela auto-estrada...
Qual? Quase todas!
***
Rosa dos Ventos disse...
Eu tirava a blusa!
O alcatrão deve estar muito quente para ficar descalça... :-))
***
triliti star disse...
e os teu olhos são janelas
e vê-se o mundo por elas...
***
tulipa disse...
Para uns o Verão é andar em enormes filas de carros...
Para outros é, infelizmente, estar de cama, doente.
***
mixtu disse...
cuidado que te atropelam...yayya
***
as velas ardem ate ao fim disse...
Olha a foto deu me vontade de rir...
que nos dia de hoje tem sido bem dificil.
***
Maripa disse...
Olha...eu tinha tido era juizo se tivesse ficado em casa...a minha avó bem me avisou!
Agora é aguentar...
***
Joao P. disse...
Cena incomum!
Pouco me importa se és grande, se devo ou não devo...Estou farta!
Aqui me fico...
***
poetaeusou . . . disse...
STOP, não,
TRIANGULO, não,
uma T'shirt ,vermelha, basta.
***
ausenda disse...
Infindável asfalto...!
Um dia chegaremos lá!
***
Lúcia disse...
Eu acho que hoje já vamos descalços:)
***
Ferreira Alves disse...
Para o Eduardo Aleixo:
Também os animais sofrem de solidão, e depressão e outras coisas terminadas em ão... confusão, talvez. É melhor ter dois gatos. Um sózinho, pode ser uma cena :)As melhoras para a bichinha.
***
pin gente disse...
desculpa... ela estava era a calçar as sapatilhas! tens umas?ora vê se a apanhas!
***
heretico disse...
calor no asfalto... rss

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cenas de Verão...

vazio?!...

Luis Eme disse...
o mar era surpreendente, além de falar com aquele vozeirão forte, era de caprichos.
Naquela manhã encurtou a maré para não acabar com os batimentos daquele coração de areia...
***
Maria disse...
Chega mais um pouco junto de mim. Estou sedento. De ti.
Refresca-me com o teu abraço. E leva-me contigo...
***
Lídia Borges disse...
Quem não se "encolhe" perto de um coração que promete amor?
***
Pitanga Doce disse...
"vazio"?!... SIM!
***
poetaeusou . . . disse...
*recuado mar . . .
***
ausenda disse...
Riscos na areia
que só o coração
pode decifrar
rabiscos de amor
levados pelas gaivotas
no seu pipilar...!
***
Mar Arável disse...
Bate ao ritmo das marés
***
as velas ardem ate ao fim disse...
Também queria um coração assim...
***
heretico disse...
em explosão de marés... vivas!
***
Maripa disse...
...e o coração palpita...o mar me quer,o mar me quer,
o mar me quer...
***
Clotilde S. disse...
"Perdi meu coração no areal.Se o encontrares,
desenha nele o teu nome, meu amor."
***
pin gente disse...
parece-me repleto o teu peito
preenchido do ar que respiramos
pleno nos afectos e sentires
pois em todas as praias nos amamos
***
Joao P. disse...
Verão sem paixão não é Verão
***
Rosa dos Ventos disse...
À espera que venha nova maré!
***
Mateso disse...
as linhas de sentir que o mar guardou.
***
PreDatado disse...
Disseram e disseram muito bem!
***
OLHAR VAGABUNDO disse...
cenas de verão...
***
Licínia Quitério disse...
Logo, logo, estará cheio.
***
mateo disse...
Vazio com tanto mar e tanta areia?
O coração é rocha!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cenas de Verão...

ao S. Pedro!!
Maria disse...
A ti! Sai um prato de tremoços e outro de caracóis, faxavor!
***
Maripa disse...
Uma "loirinha" à sombra...esperando companhia.
***
Pitanga Doce disse...
Eu acompanho as duas meninas de cima, mas dispenso os caracóis.
***
pin gente disse...
à dele!
***
Pedro Branco disse...
Esta não deve ser minha... Ainda está cheia!!!
***
Lídia Borges disse...
Às vezes tenho pena de não gostar.Dizem que é tão boa, fresquinha!Mas gosta da imagem e da sede que pode causar...
***
Joao P. disse...
Pedro Branco:
É minha... Chamaram-me lá abaixo e nem tive tempo de me sentar a saborear...Bebe-se agora à noitinha que também sabe bem.
***
Ka disse...
ahhhhh lá está uma do 18 :P
Chego atrasada mas ainda venho a tempo, certo????
***
Luis Eme disse...
que frescura! posso?
***
Rosa dos Ventos disse...
Eu também dispenso os caracóis, mas acrescento uns pedacinhos de polvo de vinagrete...
À nossa!
***
ausenda disse...
Humm...agora ía! Á nossa!
***
Clotilde S. disse...
À nossa!
E viva o São Pedro, o São João, o Santo António e todos os outros santinhos que tanta alegria nos dão!
***
Maria P. disse...
À VOSSA!!!
É um prazer fazer estas Cenas de Verão convosco:)
Obrigada*

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cenas de Verão...

pela manhã...

Rosa dos Ventos disse...
Há cavalos muito sortudos!...

***

Maria disse...
Ó Mãe, os cavalos fizeram cócó na praia...:)))

***

pin gente disse...
não é o local onde mais gosto de os ver... no verão!

***

tinta permanente disse...
O proverbial lema bem tuga: 'quero lá saber se incomoda os outros!...'

***

Vieira Calado disse...
Preferia vê-los num campo de ervas...

***

Pitanga Doce disse...
Serão tuaregues vindos do Saara que vieram buscar alguma princesa perdida?

***

JoãoG disse...
Devia ser obrigatório toda a gente galopar, trotar ou passear de cavalo na praia. Sentiriam aquela selvagem liberdade que soçobra das actuais cidades fortalezas.

*** Joao P. disse...
pela manhã Sinto vontade de canta Acordo a voz, agarro a música no ar

por isso foi, sem mais nem menos que um dia selei a 125 azul

***

rosilene fontes disse...
Maria, que cenas tão lindas! E aqui eu fotografo meu inverno, não tão gelado como o seu.Belas fotos de um verão.

***

Luis Eme disse...
os cavalos foram ao mar, saciar a sede de água salgada...

***Belisa disse...
De manhã ao clarear Terá que a todos parecer Lindos cavalos a cavalgar Nesta praia de prazer...

***

ausenda disse...
Patrulhas marítimas da GNR? Ou simples exercício matinal...?

***

Oris disse...
Alguém viu por aí a Bo Derek???

***

Pitanga Doce disse...
Olha, chegou o São Pedro!Isto não tem nada a ver com a foto.

É só pra te avisar!

***

Clotilde S. disse...
A ver se a Princesa se despacha. Ela a tomar banhos e nós nesta seca.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Cenas de Verão...

bela a vida!...

Luis Eme disse...
deixa-me aproveitar este banco para ganhar uma cor...
***
Maria disse...
Uns com tanto sol e nós lá com tão pouco...Vai uma bejeca?
***
Pitanga Doce disse...
E não te disse que entrasses à direita? A praia não é aqui, homem!
***
Joao P. disse...
E ainda está aqui este a querer saber mais e a ler!
Como é que pode?
Que cansaço!
Gosto de sol mas isto também é demais...
***
ausenda disse...
Sabe sempre bem, um banquinho para descansar...uff que calor!!!!!
***
Rosa dos Ventos disse...
Estes bancos nunca nos roubam, nem nos desiludem! São fixes! :-))
***
mateo disse...
Há bancos para tudo. Até para apanhar um banho.
***
Mar Arável disse...
Parar para ver
como se anda
Um banco que transporta
***
Pitanga Doce disse...
Será que passaram protetor solar?
É que já estão aí faz um bocado de tempo!
***
tempusinfinitae disse...
Tanto!Uma demasia...
Mas que fazer aos dias pequenos senão enche-los deste Sol?
Até as pedras o sabem.
***
Clotilde S. disse...
Ela: - Continuo a achar que estávamos melhor na praia, darling...
Ele: - Yes, love.
Ela: - Daqui a pouco estou torrada...
Ele: - Yes, love...
Ela: - E deixámos a mãezinha ao sol na esplanada do hotel...
Ele: - Yes, love...
Ela: ... Não me ligas nenhuma...nem em férias...(...)
Ele: - Darling...
Ela: - Yes, love?
Ele: - Acho que seria melhor termos ido até à praia.
Estás quase torrada e a tua mãe...God!
Deve estar seca que nem um carapau lá na esplanada!
***
rosilene fontes disse...
bela cena Maria.
***
pin gente disse...
achei um piadão a este post.
***

terça-feira, 23 de junho de 2009

Cenas de Verão...

termina o ano escolar...

Maria disse...
Bora lá fazer o que não pudemos fazer o ano todo: dar um grito e respirar!
***
Lídia Borges disse...
Quanta alegria, quanta cor...E as férias que merecidas são!
***
Luis Eme disse...
balões no ar? é o S. João que está a chegar...(se rima é mesmo verdade...)
***
Pitanga Doce disse...
Já participei de uma festa assim num Junho bem distante!
***
fj disse...
Hoje é noite de S. João...vamos todos p'ra festa e cada um leva um balão!
***
Pedro Branco disse...
Será que a minha Stôra pode ir no balão?!!!
***
Joao P. disse...
Uuuufa! é um peso que nos sai das costas!Venham as férias até a gente se fartar delas (lá para o meio de Agosto) - dizem os pequenotes.
***
Vieira Calado disse...
Vai tudo prá praia!
***
Rosa dos Ventos disse...
Lembro-me de sentir saudades das aulas, quando era aluna, claro! Mas férias, são férias e os que já não têm exames devem gozá-las em pleno.Aos outros que ainda têm que passar por essa "provação"( alunos e professores) resta-lhes a esperança que para eles também haverá férias, só que lá mais para a frente!
***
ausenda disse...
Na luz e na cor
celebremos um instante
de dar amor
debaixo deste calor
inquietante...!
***
as velas ardem ate ao fim disse...
um sorriso!
***
heretico disse...
gosto da brisa de verão. refrescante...
***
Maripa disse...
"Sobe,sobe,balão sobe...
E que tal uma cantiguinha para animar a festa ?
***
Maria P. disse...
Está feita a Cena 1.
Corta!
:)Obrigada a todos*

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cenas de Verão...

As palavras são como as cerejas - voz do povo - concordo.
Assim surgiu esta ideia para a Casa «Cenas de Verão» numa conversa em que eu referia a falta de entusiasmo para blogar, gostei da ideia - um tema fresco para este tempo de calor.

Sem dia, sem hora, sem eleios, irei publicar nos próximos tempos, fotografias de cenas de verão, todos podem colaborar, eu deixo as imagens, os Amigos podem escrever a prosa, os poemas, os diálogos que as fotos vos sugerirem ...
Logo sai a Cena 1
Escrevam (me)!

Boas Cenas de Verão para todos!!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Outra janela...

um recado que vem do mar...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Hummm...


Porque será que não me apetece blogar?!...

sábado, 13 de junho de 2009

Outra janela...

no silêncio...

Voz do Povo

A verdadeira afeição, na longa ausência se prova .

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Da janela sul...

silhuetas...

Autores

Algum dia, em qualquer parte, em qualquer lugar, indefectivelmente, encontrar-te-ás a ti mesmo e essa, só essa, pode ser a mais feliz ou a mais amarga das tuas horas.

Pablo Neruda

terça-feira, 9 de junho de 2009

domingo, 7 de junho de 2009

Outra janela...


Quando o negro da terra pisada sobe ao céu.
Lágrimas nascem nas horas dos dias que passam, passam, passam...

M.P.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Da janela sul...

dos meus verdes - o azul...

Voz do Povo


Junho quente, Junho ardente.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Da janela norte...

dos meus verdes...

Autores

Vive o instante que passa. Vive-o intensamente até à última gota de sangue. É um instante banal, nada há nele que o distinga de mil outros instantes vividos. E no entanto ele é o único por ser irrepetível e isso o distingue de qualquer outro. Porque nunca mais ele será o mesmo nem tu que o estás vivendo. Absorve-o todo em ti, impregna-te dele e que ele não seja pois em vão no dar-se-te todo a ti. Olha o sol difícil entre as nuvens, respira à profundidade de ti, ouve o vento. Escuta as vozes longínquas de crianças, o ruído de um motor que passa na estrada, o silêncio que isso envolve e que fica. E pensa-te a ti que disso te apercebes, sê vivo aí, pensa-te vivo aí, sente-te aí. E que nada se perca infinitesimalmente no mundo que vives e na pessoa que és.

Vergílio Ferreira
«Conta-Corrente IV»

domingo, 31 de maio de 2009

sábado, 30 de maio de 2009

29 flores, um poema.


ao saltar o muro de um ninho

Sob asas agasalho-me. Num ninho e entre muitas penas.
Entre carinhos e meiguices na segurança e na harmonia.
o amor no hábito de um monge ao abrigo de deus
Com asas arrisco-me. A voar sobre telhas e entre tiros.
Salto o muro. Espeto esporas nas ilhargas da aventura.
o desejo de um dorso lusitano pelos abismos do diabo
Sem-abrigo. Vagabundo. Clochard de Alma.
Em fuga do amor para os abraços do desejo.
Em fuga do desejo para os abraços do amor.
modo de amar rasgado entre casa e uma noite fora

Mateo
Adouro-te

sexta-feira, 29 de maio de 2009

29 flores, um poema.


NO DESEJO DAS SEARAS
Com a manhã fresca de lábios
seguimos na erva
o rasto do orvalho
mas só quando soltámos
os enigmas
foram vergadas as metáforas
menos as mãos que as desenham
muito menos a coluna
que as suportam
Neste mar de colheitas
que nos corre pela sede fora
caminhamos
no desejo das searas

Eufrázio Filipe
Mar Arável


quinta-feira, 28 de maio de 2009

29 flores, um poema.


A pequena e frágil planta enfrentou o inverno com a determinação de uma árvore. Com a chegada do equinócio, o silêncio de meses explodiu em grito de cor e exuberância, como uma expectativa que de repente se cumpre.
A natureza a redimir-se.


Justine
Quarteto de Alexandria

quarta-feira, 27 de maio de 2009

29 flores, um poema.


São multiplas as cores que se refractam do branco. Da luz do descampado. São multiplos os silêncios que se diluem no ruido branco. Multiplas as histórias. Cada uma com a sua cor. Ou comprimento de onda. Que se desdobram em matizes e sombras. Que se irão contar aqui. Sob o descampado do Deserto.

CNS
Deserto do Mundo


terça-feira, 26 de maio de 2009

29 flores, um poema.


fazem-me falta
Preencho lacunas diárias
De afazeres lúcidos.
Perco-me nessa realidade
E me torno comum.
Por onde andas?
Fazem-me falta
As tuas palavras.
Encontro-me nelas.
Edito um filme imaginário
Que só eu compreendo.
Saio dessa realidade presumível
E me alcanço.
Dê-me um presente
Não quero jóia, nem flor.
Gosto de ganhar palavras
Que me façam sentir mulher.
Atraente com a vida.
E tenho bons amigos,
Que cabem no meu imperfeito.

Rosilene Fontes
Liter+Arte