segunda-feira, 31 de julho de 2006

1 2 3, diz outra vez!

As Vogais

Vem lá o A
Menina gordinha
Redondinha
Ao pé
Que vem o E
Que vivo que é!
Depois o I
E ri
Com o seu chapelinho
No caminho
De pópó, vem o O
E gira na mó
Por fim vem o U
No seu comboio
A fazer
U-u-u-u

domingo, 30 de julho de 2006

Da janela norte...

Um degrau, basta.

A todos...

Não digas ao que vens. Deixa-me
adivinhar pelo pó nos teus cabelos
que vento te mandou. É longe a
tua casa? Dou-te a minha: leio nos

teus olhos o cansaço do dia que te
venceu; e, no teu rosto, as sombras
contam-me o resto da viagem. Anda,

vem repousar os martírios da estrada
nas curvas do meu corpo - é um
destino sem dor e sem memória. Tens

sede? Sobra da tarde apenas uma
fatia de laranja - morde-a na minha
boca sem pedires. Não, não me digas
quem és nem ao que vens. Decido eu.


Maria do Rosário Pedreira
Nenhum Nome Depois

sábado, 29 de julho de 2006

Da janela sul...


Serra de Sintra

mitos & milho-rei

Pigmalião

Nos tempos idos, em que a vida era um paraíso, houve um rei de Chipre, dotado de um talento artístico sublime. Das suas mãos brotou então uma estátua que moldou com toda a intensidade e paixão: Afrodite.
Todos os dias o rei contemplava a bela escultura, dia-após-dia, tal foi a adoração que se enamorou perdidamente.
A própria deusa compadeceu-se do impetuoso amor e cedeu aos pedidos do enamorado para encontrar uma mulher à sua imagem, dando vida à estátua - no paraíso tudo é possível !
A bela mulher nascida da obra, recebeu a graça de Galateia.
Casaram (e foram felizes para sempre. Claro!) e dessa união nasceu uma menina a que chamaram Pafo, como o lugar de abrigo em Chipre da bela Afrodite.
No nosso tempo, sem paraísos, o mito do artísta enamorado pela obra, pedindo obsessivamente vida própria para a estátua, sugeriu muitas pinturas, assim como, uma fantástica comédia de G. B. Shaw, transformada também em filme: My Fair Lady.

sexta-feira, 28 de julho de 2006

Ao entardecer...

A poesia é o perfume da literatura.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

voz do povo

Faz da noite, noite; do dia, dia: e viverás com alegria!

Na última gaveta...



Ano de 1944

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Ao anoitecer...

Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!


Alexandre O'Neill

terça-feira, 25 de julho de 2006

Coisas do sótão...

1 2 3, diz outra vez!

Se tu visses o que eu vi

Se tu visses o que eu vi,
havias de te admirar.
Uma cadela com pintos,
uma galinha a ladrar.
Se tu visses o que eu vi,
havias de te admirar.
Uma cobra a tirar água,
e um cavalo a dançar.
Se tu visses o que eu vi,
havias de te admirar.
Uma abelha a grunhir,
e um porco a voar.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Pelo jardim...


labirintos são falsos enredos, afinal todos tem: uma, duas, três... saídas

domingo, 23 de julho de 2006

Ao anoitecer...

O mundo é a nossa representação.
(...) Há alguma coisa para além da representação? É a consciência uma janela fiel dando para a realidade, ou, antes, um sistema de lentes embaciadas e riscadas pela história, que filtram só imagens falsas e sombras incertas da verdade? E há deveras qualquer coisa por trás do conhecimento, ou apenas o nada, como por trás da vida? Seria talvez apenas espelho de si mesmo, casca sem tronco e roupagem sobre o vácuo? (...) O mundo é representação, sim, mas eu não sei doutras representações afora as minhas.
As dos outros ignoro-as, ignoro a essência dos fenómenos inanimados. As mentes alheias existem apenas como hipótese da minha. O mundo é pois a minha representação - o mundo é a minha alma; - o mundo sou eu!

Giovanni Papini, in "Um Homem Liquidado"

A todos...


Um dia na Marinha...










sábado, 22 de julho de 2006

A todos...

Ao entardecer...

Expressão

Dentro da curva inesperada
dos meus braços
transbordam os gestos
numa espiral imperceptível.

Nas pontas dos meus dedos
se alonga a neblina
que deriva do inverso da loucura
quando prendo nos dentes
a superstição da lua
ou esboço no riso
a cumplicidade dos espelhos
timidamente transparentes
para dizer que só pelo silêncio
se vence o labirinto das palavras
e se mede a solidão.

Graça Pires

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Ao anoitecer...


Ericeira, o passeio da noite.

mitos & milho-rei

A Salsa

O nome latino petroselinum deriva da palavra grega pétros, que significa "pedra".
Na antiga Grécia, a salsa era dedicada a Perséfona, a esposa de Hades e rainha do Mundo subterrâneo, decoravam-se as sepulturas com coroas de salsa. Os vencedores dos jogos Nemeanos - que substituiram os anteriores jogos fúnebres onde se comemorava a morte de personagens importantes - eram igualmente homenageados com coroas de salsa.
Quando se referiam a alguém que estava a morrer, os Gregos costumavam usar a frase: estar a precisar de salsa.
Na Idade-Média, acreditava-se que a salsa era uma das plantas que cresciam no jardim das bruxas e que as suas sementes iam e vinham nove vezes de visita ao diabo antes de germinarem. Esta crença tem a sua origem na Grécia antiga, onde as pessoas acreditavam que as sementes de salsa visitavam o outro-mundo antes de despontarem.
Acreditava-se ainda que se podia matar uma pessoa apanhando um pé de salsa e pronunciando ao mesmo tempo o nome dessa pessoa...!

quinta-feira, 20 de julho de 2006

1 2 3, diz outra vez!

Bichinha gata

Bichinha gata
Que comeste tu?
Sopinhas de leite
Onde as guardaste?
Debaixo da arca
Com que as tapaste?
Com o rabo do gato
Sape, sape, sape!


Lenga-lenga tradicional

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Da janela norte...

Cabo Carvoeiro

Ao anoitecer...

MURAL

rompendo camadas da legião açucarada
regresso comprometido com a lâmina
metal ausente do ablaqueado senso
e do lado ferido exploro minerais adventícios
como passatempo que corrói o tempo de olhar
reinventando um outro tempo a tempo de recusar

deslizo e finco-me
ao mural


O Príncipe Nu
Porfírio Al Brandão

*um Amigo da Casa, blog Tugazombi

terça-feira, 18 de julho de 2006

Da janela sul...


Lá longe Deus

mezinhar...

Hortelã

Esta planta encontra-se em terrenos baldios húmidos e nas bermas das estradas. Apresenta ramos erectos, com uma margem serrilhada. Na extremidade do caule desenvolvem-se espigas de flores de cor rosa púrpura.
Das folhas pode-se fazer uma infusão: 1 litro de água e um ramo de folhas, que ajuda a digestão diminuindo as cólicas intestinais e ardores de estômago. A planta pode ser utilizada em bálsamo para alívio das dores de cabeça e reumatismos.

Pelo jardim...


Ama-me quando eu menos o merecer, porque será nessa altura que mais o necessitarei.


Aut. Desc.

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Ao entardecer...

Eis-me
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente

Sophia de Mello Breyner Andresen

Coisas do sótão...




mitos & milho-rei

Amarelo

Desde a Antiguidade até ao século XIX, a história simbólica da cor amarela na civilização ocidental é a de uma longa e constante desvalorização. Na Grécia, em Roma, é uma cor apreciada, que desempenha um papel importante na vida social e religiosa. Mas na Idade Média o amarelo é fortemente menosprezado - tornou-se na cor da mentira e da cobardia. Depois, na cor da traição ( e não os olhos verdes, esses são os meus!) e da infâmia. É a cor de Judas e de todos os traidores. Na época moderna, continua com as características negativas, associada a doenças e por vezes a cor da morte.

Assim sendo, por que foi o amarelo a cor escolhida para assinalar às populações o vencedor (a criação da camisola amarela, data de 1919, o primeiro a usá-la foi Eugène Christophe) da Volta à França?
Simples: o amarelo era a cor do papel sobre o qual era impresso o jornal L'Auto, organizador da Grande Volta, tratou-se de uma operação publicitária.

domingo, 16 de julho de 2006

voz do povo

De noite, à candeia, a bruxa parece donzela.

sábado, 15 de julho de 2006

Ao anoitecer...



Na janela do meu quarto, flor da noite.

Cerca das 22.40 h.
Julho de 2006.

1 2 3, diz outra vez!

Romance de 10 meninas casadoiras

São 10 meninas e sobre elas chove
Mas chega um bombeiro e ficam só 9.
São 9 meninas comendo biscoitos
Mas chega um padeiro e ficam só 8.
São 8 meninas fazendo uma omolete
Mas chega um guloso e ficam só 7.
São 7 meninas pintando papéis
Mas chega um pintor e ficam só 6.
São 6 meninas à volta de um brinco
Mas chega o ourives e ficam só 5.
São 5 meninas que vão ao teatro
Mas chega um actor e ficam só 4.
São 4 meninas falando francês
Mas chega um estrangeiro e ficam só 3.
São 3 meninas guardando ovelhas
Mas chega um pastor e ficam só 2.
São 2 meninas nadando na espuma
Mas chega um barqueiro e fica só 1.
É uma menina a apanhar caruma
Mas chega um leão, não fica nenhuma

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Da janela sul...

16.30 h.

16.33 h.

Serra de Sintra, uma nuvem.
Julho,2006

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Ao anoitecer...

Horas Rubras

Horas profundas, lentas e caladas,
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...

Ouço as olaias rindo desgrenhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata pelas estradas...

Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras...

Sou chama e neve branca e misteriosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!

Florbela Espanca

voz do povo

Antes velho ajuizado, que moço desatinado.

Pelo jardim...

Nada é por acaso
arde o incenso
queimar fumo para fazer uma ponte
queimar fumo para fazer um alpendre
Nada é por acaso
arde o incenso

quarta-feira, 12 de julho de 2006

A todos...

Na 2ª-feira passada, fiz questão de deixar aqui um apelo em relação ao desaparecimento de um amigo bloguista, o Jorge Esteves, na esperança que alguém soubesse porque encerrou o seu blog, fui alertada para a questão pelo amigo Besnico de Roma, que também mostrou preocupação no seu espaço: Murmúrios da Baixa-Mar. No entanto nesse mesmo dia, pela 1ª vez, foi feito um comentário anónimo (de mau gosto) nesta Casa de Maio, facto que hoje sucedeu também no post do dia no Murmúrios da Baixa-Mar.
Todos sabem que esta Casa está sempre pronta a acolher as visitas, mas tais comentários, aqui e no blog do Besnico, assim como o facto de não saber realmente o que sucedeu com o Jorge, deixa-me triste e desmotivada.
Não é costume estes desabafos pessoais nesta Casa, mas hoje fui forçada a isso, peço desde já paciência, e desculpa se a Casa encerrar alguma porta ou janela...

Na última gaveta...



O Mandarim

Eça de Queiroz

12ª edição, com um prefácio do autor.

1935 - Livraria Lello Lda.

Porto

mezinhar...

Para o cuidar das rugas:

Utilizar-se esta infusão embebendo nela compressas que se aplicam todas as noites, durante alguns minutos, sobre o rosto e pescoço limpos.
Infusão:
Ingredientes - 60 g de pétalas de papoila, um litro de água.
Aqueça um litro de água num recipiente de esmalte e começar quando ferver adicione as pétalas de papoila. Deixe ferver durante 10 minutos coando de seguida, e seja bela...

terça-feira, 11 de julho de 2006

Coisas do sótão...

... era uma vez

As mulheres amazonas

A lenda das mulheres guerreiras ou amazonas terá tido início com a batalha de Termodonte, quando os gregos saíram vitoriosos contra essas estranhas mulheres. As que foram feitas prisioneiras foram levadas nos navios. Mas em alto mar, revoltaram-se e dizimaram os homens.
Ignorantes das artes de navegar, andaram à deriva e chegaram ao Mar de Azov, onde habitavam os citas. As amazonas conseguiram roubar-lhes os cavalos, mas os citas acabaram vencedores. Os citas só se aperceberam de que tinham estado a lutar contra mulheres ao ver os seus corpos inanimados.
Estranha é a atitude dos citas que, em vez de dizimar as amazonas, lhes proporcionaram acampamentos junto dos jovens da tribo, incentivando o acasalamento para que nascessem homens guerreiros fisicamente superiores. Isto ter-se-á passado há mais de seis mil anos!
As amazonas, habituadas à sua liberdade, acabaram por partir e ir viver para lá do rio Tánis ,actual rio Dom.

Da janela sul...


Peninha, Serra de Sintra.
Julho, 2006

segunda-feira, 10 de julho de 2006

A todos...



...porque gosto de partilhar, deixo esta luz ao fundo do túnel.

Boa noite.

A todos...

Procura-se

Nesta casa todos os amigos são estimados e considerados, quer os conheça pessoalmente ou não, como é o caso do meu amigo Jorge Esteves, do blog Textos, Pretextos & Contextos, à algum tempo que não tenho acesso ao blog do Jorge, se alguém souber o que se passa, que diga por favor. Os amigos estão preocupados.

Pelo jardim...

Houve um tempo no tempo - que passou
Em que a carta voou até mim
Voou e iluminou-me junto de ti
Houve um tempo no tempo - que passou

domingo, 9 de julho de 2006

para ti

Caminho pelo lado da rebentação das ondas -
o litoral guarda segredo dos meus passos entre
as redes de sal trazidas pelos barcos
e o labirinto das algas ainda agora oferecidas

à praia. Sento-me à mercê das falésias a riscar
o teu nome na areia; e é como se lentamente
pronunciasse um chamamento triste a que ninguém
acode. Fez-se tarde para os lamentos das sereias:

agora as marés dobam novelos de espuma à roda
dos meus pés, as águas já não transportam
a minha voz, a perder-se sobre as dunas
que os ventos vão desbastando devagar

ao cair da noite. Tenho sempre medo que não voltes.

Maria do Rosário Pedreira
A Casa e o Cheiro dos Livros

Da janela sul...

Ouro sobre azul, para que a selecção de Itália brilhe.

sábado, 8 de julho de 2006

1 2 3, diz outra vez!

Era uma vez um gato maltês

Era uma vez
Um gato maltês
Tocava piano
E falava francês
Queres que te conte outra vez?
Era uma vez
Um gato maltês
Saltou-te às barbas
Não sei que te fez
Queres que te conte outra vez?
Era uma vez
Um gato maltês
Tocava piano
Falava françês
A dona da casa
Chamava-se Inês
O número da porta era o 33!
Queres que te conte outra vez?
Era uma vez
Uma galinha perchês
E um galo francês
Eram dois
Ficaram três…
Queres que te conte outra vez?

Lenga-lenga tradicional.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Na última gaveta...



Azenhas do Mar, Sintra.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

mezinhar...

Compressa para queimaduras

A compressa vegetal deve ser colocada em cima da queimadura e deve ser renovada quando estiver seca.

Ingredientes - azeite, folhas de couve.
Embeba uma face de uma folha de couve em azeite e coloque em cima da queimadura. Renovar, por uma folha nova também embebida em azeite, só quando estiver seca.

Da janela sul...



Porto Covo.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Ao entardecer...

A ESTRELA

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.


Manuel Bandeira

Pelo jardim...


Mais uma vez as cores da selecção.

terça-feira, 4 de julho de 2006

mitos & milho-rei

Agamémnon


Filho de Atreu, rei de Micenas, casado com Clitemnestra, Agamémnon é uma figura de glórias e tragédias. Chefe da expedição contra Tróia, é evocado na Ilíada como um soberano de grandiosos poderes, que impõe a sua palavra aos aliados, os reis de outros dominíos gregos.
De salientar que, para obter ventos a favor na viagem, sacrificou em Áulide a própria filha, Ifigénia, para acalmar a ira da deusa Ártemis.
Na repartição dos tesouros de Tróia, Agamémnon escolheu para si como cativa Cassandra, e com ela regressou ao reino. Mas aí aguardava-o a vingança de sua esposa, Clitemenestra, que o assassinou com a ajuda do amante Egisto!
Mais tarde, os seus filhos Orestes e Electra vingaram-no, matando a adúltera Clitemenestra e Egisto.
Protegido pela deusa Atena foi Orestes que reinou em Micenas...

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Coisas do sótão...

1 2 3, diz outra vez!


A chover

A chover
A trovejar
E as bruxas
A dançar
A chover
A fazer sol
As bruxas
A comer pão mole

Lenga-lenga tradicional.

domingo, 2 de julho de 2006

Da janela sul...


Jardim do Cerco
Mafra, Julho de 2006.

... era uma vez

O Cardamomo

A planta cardamomo pertence à família das zingiberáceas ,a mesma do gengibre. Trata-se de uma planta de folhas verdes brilhantes e de flores brancas e azuladas que se dá em climas quentes e húmidos, preferencialmente em altitudes entre os 800 e os 1500 metros. O cardamomo, propriamente dito, está contido nas sementes, pequenos grãos guardados numa cápsula de forma oval.
A história do cardamomo é originária do sudoeste da Índia, da costa de Malabar e das ilhas do Sri Lanka. No século XI foi introduzida em Inglaterra pelos Normandos, mas só alguns séculos mais tarde passaria a tornar-se moda nos países ocidentais e a ser importada com mais regularidade.
Conta a lenda que um antigo rei persa dono de um belo cavalo de batalha, se deparou um dia com um problema... O cavalo tinha um defeito: sempre que farejava a presença de uma égua, perdia a compostura e abandonava a batalha. O rei, cansado de tanta agitação, resolveu mandá-lo capar. No momento em que os criados se preparavam para a operação, a rainha veio à janela e, percebendo o que se passava, gritou:
- Não lhe façam mal! Dêem-lhe antes 20 chávenas de café, como eu faço ao meu marido.
Esta história parece nada ter a ver com o cardamomo... No entanto, é um facto que no próximo Oriente o café tinha fama de acalmar as capacidades viris, enquanto o cardamomo, pelo contrário, de as estimular. É por isso que era tão vulgar os homens, sempre que bebiam café, misturarem alguns grãos de cardamomo à sua bebida. Não fosse o diabo tecê-las...
Diz-se que "um vinho quente aromatizado com cardamomo é capaz até de acordar um homem morto"!
Talvez por isso, a sedutora rainha Cleópatra não se esquecesse nunca de perfumar as divisões do seu palácio com umas pitadinhas de cardamomo de forma a conquistar irremediavelmente o seu querido Marco António.

sábado, 1 de julho de 2006

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Parabéns Selecção.

As mãos de Ricardo são ouro, as minhas ficaram sem unhas...

Pelo jardim...

As cores da selecção.