Um Homem percorre o mundo inteiro em busca daquilo que precisa e volta a casa para encontrá-lo. "George Moore"
quarta-feira, 29 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
Leituras
Estrada de Fogo
Pedra a pedra a estrada antiga
sobe a colina, passa diante
de musgosos muros e desce
para nenhum sopé;
encurva, na abstracta encruzilhada;
apaga-se, na realidade. Morre
como o rastilho do fogo,
que de campo em campo aberto
seguia, e ao bater na mágica cancela
dobrava a chama, para uma respiração,
e deixava o caminho do portal
incólume e iniciado.
Fiama Hasse Pais Brandão
Pedra a pedra a estrada antiga
sobe a colina, passa diante
de musgosos muros e desce
para nenhum sopé;
encurva, na abstracta encruzilhada;
apaga-se, na realidade. Morre
como o rastilho do fogo,
que de campo em campo aberto
seguia, e ao bater na mágica cancela
dobrava a chama, para uma respiração,
e deixava o caminho do portal
incólume e iniciado.
Fiama Hasse Pais Brandão
quarta-feira, 15 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
10 de Junho
Verdes são os campos
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
Luís de Camões
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
Luís de Camões
quinta-feira, 9 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Leituras...
Dois Amantes
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tantas vezes enquanto vivem,
são eternos como é a Natureza.
Pablo Neruda
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tantas vezes enquanto vivem,
são eternos como é a Natureza.
Pablo Neruda
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