Dois Amantes
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tantas vezes enquanto vivem,
são eternos como é a Natureza.
Pablo Neruda
4 comentários:
Não há morte nem princípio
tudo se move
Que grande Poeta que ele era!
E eu conheço tão pouco dele!
Obrigada pelo poema...
Abraço
amantes e poetas...
beijinho M. Maria Maio
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