Hoje Fico à Tua Espera
Hoje fico à tua espera.
Pego em giz colorido
E desenho uma porta, a castanho.
Recorto uma chave de papel,
Pego nela e abro a porta.
Depois, com giz cinzento
Desenho uma estrada muito comprida
Ponho árvores verdinhas nas bermas,
Papoilas vermelhas nos campos
E um rebanho a pastar.
Com o giz azul faço um rio e peixes.
Em tons de musgo, pinto um velho barco
Parado na margem.
Ao longe, espalho pó roxo e rosa
Na curva das montanhas, perto do céu.
Por fim, faço um grande sol amarelo.
Não pinto nenhuma nuvem,
Nem branca nem cinzenta
Pode chover
E não quero que te molhes
Quando vieres.
Hoje fico à tua espera
Quero dar-te o meu desenho.
Lídia Borges
Blogue: Searas de Versos
7 comentários:
Maria, as palavras não têm dono se traduzem um sentir. Eu fico emocionada por saber da existência de outros, iguais ao meu.
Obrigada!
Um beijo
Poesia, poesia e mais poesia.
Gosto imenso e me perco nos
blogues que a inserem.
Saudações/Irene
Fabulosamente belo!
Parabéns à lídia e a ti que divulgas
Beijo
Eu entrava nesse barco verde musgo e ia...
muito bonito...
(parabéns às duas)
beijinho M. Maria Maio
Fizeste bem em "roubá-las"...
São lindas!
Abraço
Existem blogues que visito, nem sempre comento, mas acreditem que gosto, gosto e muito.
«Searas de Versos» é um deles.
Obrigada Lídia.
A todos beijinho*
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