Alentejo,
20 de Janeiro de 1977
Olá minha neta,
hoje tenho pouco para te contar, faz frio por aqui, frio como um raio! Tenho a fogueira acesa, o tio arranjou troncos bem grossos, vão arder toda a noite.
Mas isto é só conversa, pouco interessa, quero é saber de ti, espero que tenhas poucos erros nos ditados e estuda bem as contas.
Ah! é verdade, a galinha, a castanha, já chocou os ovos, 8 pintos já cantam!
Agora chega de paleio, espero notícias tuas...
beijinhos,
d'avó.
13 comentários:
As raízes e a memória afectiva, que por vezes precisamos de ir buscar, para nos servir de amparo!
Quem têm uma avó, tem muito!
Que ternura!
Fazes lembrar-me as cartas que me eram ditadas pela minha avó quando queria escrever à sua irmã... Que saudades!!!!
Beijinho(S)*
ps: Não te assustes se rfores ao meu lado.
este regresso ao passado tem os seus laivos de ternura...
Agora diz que respondeste à carta e sem erros no ditado.
Quanta ternura...
Eu tive uma avó e uma Tá (também avó, mas era Tá). Foi a melhor "coisa" que eu tive, até à idade adulta...
Beijinho, minha Maria
Quanta ternura numa pequena carta...tanta que consigo senti-la a passar por mim e a tocar-me.
Beijo carinhoso,Maria.
Que ternura, Maria! E viste a tua avo pôr o dedo no cú da galinha para ver se tinha ovos? E tu sabes que no alerntejo havia muito paleio, aquele paleio que eu agora uso para te convencer a dares-me um beijo com a mesma facilidade com que a tua avó punha o dedo no cu da galinha?
Eduardo
*
a minha avó,
Maria Ricarda,
foi minha avó, mãe, irmã,
amiga, confidente, juiza e
advogada, mestra e critica,
uns anitos antes de me dizer,
despedindo-se, até um dia,
foi minha filha, andando com
ela pela mão, a lembrar-lhe,
o tudo, que me ensinou,
,
belo post, maria-p,
,
bjih,
,
*
Uma ternura...
Abraço
Na Casa de Maio "tinha" de existir um baú com cartas d'Avó, talvez apareçam mais por aqui...
Beijinho a todos*
sabes se a neta deu notícias?
Pin gente,
creio que deu, sempre...
Beijinho*
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