O Quente Sabor
Sonhei com o quente sabor das tâmaras.
A polpa cor de açúcar queimado
a trazer lembranças de leite-creme das avós,
as fibras a prenderem-se nos dentes,
a retardar prazeres, a prolongar trabalhos.
Acordei na areia da praia e
quando disse bom-dia saiu da minha boca
um fruto sem nome que tomou o caminho
dos navios ao longe.
Licínia Quitério
«De Pé sobre o Silêncio»
8 comentários:
bonito "quente-sabor".
bjs M. Maria Maio
Sonhos bons e doces!
Das minhas avós lembro os coscorões e o arroz-doce!
Abraço
É linda a poesia da Licinia.
bjs
E um quente e doce sabor.
Talvez a Licínia lance outro livro um dia destes, quem sabe...
Beijinho, minha Maria!
Maria:
Esta foto também é bonita sim
Beijo
João
Gosto sempre muito das palavras dessa senhora.
Certas leituras são um verdadeiro prazer, e é um prazer ter a nossa Licínia:)
Beijinhos a Todos*
Não conhecia a poesia da Lícina, mas há tanta coisa que eu não conheço! Só assim uma pessoa pode estar viva e atenta!
Gostei tem cheiros e sabores e muita alma...
Bjs,
Manuela
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