domingo, 13 de junho de 2010

13 de Junho de 1888

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.

Fernando Pessoa

4 comentários:

Luis Eme disse...

mal sabias tu, Fernando...

que o Olimpo te esperava de braços abertos.

Bjs M. Maria Maio

João P. disse...

Maria!

Pois. Afinal valeu a pena!

beijo

João

João Videira Santos disse...

Fernando sempre pessoa no singular.

Maria P. disse...

Fernando Pesssoa, como eu gosto de o ler...

Beijinhos, Luís, João P. e João Santos***