Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
Fernando Pessoa
4 comentários:
mal sabias tu, Fernando...
que o Olimpo te esperava de braços abertos.
Bjs M. Maria Maio
Maria!
Pois. Afinal valeu a pena!
beijo
João
Fernando sempre pessoa no singular.
Fernando Pesssoa, como eu gosto de o ler...
Beijinhos, Luís, João P. e João Santos***
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