- Você, então, é monárquico mesmo?
- Fui, fui.
- Ah, aderiu à república?
- Não. Hoje não me satisfaz nem uma coisa nem outra.
- Então?
- É um desejo que tenho de justiça para todos.
Sem dúvida, a humanidade está longe ainda da elevação colectiva que eu sonho para ela. Mas a elevação é coisa tão lenta e a vida de cada um tão pequena, que eu, às vezes, penso que a sede de justiça que há por toda a parte acabará por marchar à frente...
Penso que têm razão os que querem um mundo mais justo.
Ferreira de Castro
«A Selva»
7 comentários:
A razão está do lado dos que querem um mundo mais justo, é verdade, mas a complexidade da humanidade é muito maior do que isso. Teríamos de começar por definir o conceito de justiça que pode não querer dizer o mesmo, em todas as cabeças.
Tenho de reler a "Selva". Este excerto abriu-me o apetite...
Um beijo
razão tinha ele, faltava o resto...
beijinho M. Maria Maio
Um mundo mais justo é sempre uma boa razão para não se ficar de braços cruzados!
Abraço
Palavras sábias
Ah, que surpresa boa encontrar Ferreira de Castro e o seu magnífico "A SElva"!
Bom final de semana
AS letras é que não me agradam , de todo...
Ferreira de Castro está sempre presente nos meus dias...
"A Selva" surge aqui e agora por causa de um projecto novo: leitura encenada deste livro...
Uma das razões de estar mais afastada de todos vós.
Muito trabalho...
Beijinhos*
a sede de justiça...
por toda a parte !...
fiquei a pensar em justiça popular...
que barbaridades se cometeram, que crimes se cometeriam...
porque cada um quer a justiça à sua medida, a seu favor.
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