quarta-feira, 19 de abril de 2006

No baloiçar da cadeira...

Sou o fantasma de um rei
Que sem cessar percorre
As salas de um palácio abandonado...
Minha história não sei...
Longe em mim, fumo de eu pensá-la, morre
A ideia de que tive algum passado...

Eu não sei o que sou.
Não sei se sou o sonho
Que alguém do outro mundo esteja tendo...
Creio talvez que estou
Sendo um perfil casual de rei tristonho
Numa história que um Deus está relendo...

Fernando Pessoa

2 comentários:

Lila Magritte disse...

Como siempre la incertidumbre en cuanto a la identidad. La existencia, un ser superior... grandes temas. Gran poeta.

Saludos.

Maria P. disse...

O Grande Poeta.
Abraço.