quinta-feira, 7 de maio de 2009

29 flores, um poema.


Poucas janelas tinham a beleza e o encanto da do seu quarto no casarão dos avós...
Era capaz de ficar por ali horas, a olhar em todas as direcções. No lado norte via o azul do mar e escutava as ondas a enrolarem-se na areia, um pouco antes sentia a mansidão do rio, que se preparava para se entregar ao oceano, em frente, a poucos metros, tinha a aldeia, simples e calma como os seus habitantes, no lado sul descobria os campos verdes que se perdiam para lá da linha do horizonte, com e sem montes...
Nos dias transparentes e límpidos ainda conseguia ver a ilha, plantada no Atlântico.
O relógio do tempo nunca parava e ele era forçado a voltar para dentro, furando a anarquia dos seus dias, quase selvagens...

Luís Milheiro
Largo da Memória



17 comentários:

PreDatado disse...

Olha, olha, também costumo ler o Luís Milheiro.

Oris disse...

A flor e as palavras...

Em harmonia.

Beijitos

Unknown disse...

É lindo o texto: encontraste-o no meio dos parafusos e fusíeis? E a florinha, estava no hard ou no software? Não sabes que as cegonhas são dos rios e as gaivotas dos mares? Beijo

Maria disse...

As memórias do Luís Milheiro que se juntam com as minhas e desaguam no mesmo mar...
Linda a tua flor!

Beijinho, minha Maria
(Maio Materno!!!)

João Paulo Proença disse...

Maria:

Se um texto vale pela multiplicidade de leituras para ue remete, então esse texto é 5 Estrelas...

Fantástico. Apetece continuá-lo

Beijo

João P.

Pitanga Doce disse...

Por acaso tu e o Luis viveram a infância no mesmo lugar? Porque as recordações são tão maravilhosamente iguais! Dá-me a impressão de que as janelas eram as mesmas. Ou estarei dizendo uma besteira sem tamanho?
De todo o modo é mais um primor do Luis.

boa noite Maria P e fica bem (como diz o amigo doutor)

Luis Eme disse...

e esta?...

beijos M. Maria Maio

Pitanga Doce disse...

Luis, não te zangues. É que poderiam terem vindo da mesma terra, o que não seria de estranhar já que Portugal é um país pequeno e aqui na blogosfera (deste lado daí do mar) quase todos se conhecem.

Desculpe se falei bobagem.
abracinhos

Lídia Borges disse...

Passei por aqui e gostei!
Voltarei para saborear palavras de doces sabores.

Obrigada!

Rosa dos Ventos disse...

E esta, Luís?!
Tenho de ir mais vezes ao Largo da Memória...
A minha tedência é logo para o Casario.

Abraço

mfc disse...

Não são os ambientes que nos causam saudades!
Mas a nossa inserção neles!

as velas ardem ate ao fim disse...

Lindissimo.O Luis escreve tão bem!

São os 2 uns queridos.

um bjo

poetaeusou . . . disse...

*
belo texto,
do Luis eme,
,
linda rosa !!!
,
conchinhas,
,
*

Luis Eme disse...

Pitanga, o meu «e esta?», era sobre a escolha do meu texto e não sobre o teu comentário.

e claro que as janelas da Maria Maio são uma maravilha.

bjs para as duas

Manuel Veiga disse...

rosa. do mundo...

bela

beijos

pin gente disse...

são belíssimas as tuas flores... embrulham as palavras

beijo
luísa

Maria P. disse...

Tem sido um prazer "roubar" as vossas palavras.
Aqui os vossos comentários um incentivo para continuar.


Grata, Beijinhos*