cabeleiras em súplica,
que perseguem na lomba
uma beleza última,
e o furacão repele
pela ladeira abaixo
até fundas quebradas
- oh vida - do barranco.
São árvores que buscam
em solidão e vento,
o que tu buscas. Foge,
oh caminhante negro!
Dámaso Alonso (Espanha, 1898-1990)
Trad. de José Bento
3 comentários:
Não fujas, se procuras a beleza última...
gosto de cabeleiras em súplica. e de caminhantes negros. e das vertigens dos barrancos...
belo
Olá.
Não consegui interpretar o poema, pelo menos no momento.
As árvores podem se sentir solitárias, mas nunca estão sós. Todos os dias muita vida, muitas vidas, se abrigam nelas, fazendo-lhe companhia. Também a seus pés, quais súbditos zelosos, muitas plantas crescem e lhe prestam vassalagem.
Fica bem.
Felicidades.
Manuel
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