quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ao amanhecer ...

Hoje acordei conflituosa.
Provocadora, talvez.
Um lenço de seda (ou uma ave?)
cerca-me o pescoço; reajusta
o decote da blusa ao esboço dos seios;
roça, no contorno dos ombros,
a tatuagem, quase invisível, dos sentidos.
Lá fora, a chuva cai. Tão devagar que faz sede.

Graça Pires
«Quando as estevas entraram no poema»

6 comentários:

Luis Eme disse...

lindo...

conflituosa, provocadora, mas com sol...

beijos M. Maria Maio

Unknown disse...

Gaivota, ou lenço, ou seda, ou brisa, a provocação é sensual e ainda por cima, a mim, que sou da terra das estevas...

Eduardo Aleixo

Claro que a foto é muito bonita e revela a tua extrema sensibilidade.

poetaeusou . . . disse...

*
hoje acordei,
com sede . . .
de mim . . .
,
bj,
h,
,
*

pin gente disse...

raramente acordo conflituosa
já não posso dizer o mesmo do adormecer

abraço

Maria P. disse...

Luís M.,
...está bem.
:)Beijos.

Eduardo,
gosto de estevas.
Beijinhos.

Poetaeusou,
pois...acontece.
Beijinhos*

Luísa,
cada acordar, cada adormecer é sempre diferente, nunca posso dizer nada...:)
Beijinhos*

Manuel Veiga disse...

tão bela. a chuva miudinha. a fazer sede. tanta...

excelente poema!