domingo, 3 de agosto de 2008

Autores

BREVE CANÇÃO DO VENTO OESTE

Ele há-de vir o vento oeste
ele há-de vir e há-de levar
as vãs palavras que escreveste.
Ele há-de vir com seu presságio
e os címbalos que já trazem o som do inverno
ele há-de vir o vento oeste e há-de apagar
o verão que parecia ser eterno.

Ele há-de vir com seu adágio
suas orquestras em convés que vão ao fundo
ele há-de vir e há-de apagar
a escrita a jura as ilusões do mundo.

Em cada verso há um naufrágio
não sei de poema que não seja mar.

Manuel Alegre
Foz do Arelho, 30-8-2003

5 comentários:

Maria disse...

Bonito poema do poeta do vento.
Será a Foz do Arelho que o inspira não sei se mar não sei se lagoa...
Por mim tudo!

Beijinho, Maria
:)

Sonia Regly disse...

pARABÉNS!!!sEU BLOG É MUITO BONITO!!!! vIM TE CONVIDAR PARA CONHECER O COMPARTILHANDO AS LETRAS.SUA VISITINHA MUITO ME HONRARÁ.

Luís Milheiro disse...

bonita canção-poema do Oeste...

beijos M. Maria Maio

Maria P. disse...

Maria,
por mim também, mar e lagoa...
Beijinho*

Sonia,
bem-vinda à Casa, obrigada.
Lá irei...

Luís M.,
eu gostei...
Beijos.

poetaeusou . . . disse...

*
foz do arelho,
sempre presente,
até nas ondas
da rádio liberdade,
da argel misteriosa,
e que mistérios . . .
não é MANEL ???
,
bj,
h
,
*