Esta manhã encontrei o teu nome
Esta manhã encontrei o teu nome nos meus sonhos
e o teu perfume a transpirar na minha pele. E o corpo
doeu-me onde antes os teus dedos foram aves
de verão e a tua boca deixou um rasto de canções.
No abrigo da noite, soubeste ser o vento na minha
camisola; e eu despi-a para ti, a dar-te um coração
que era o resto da vida - como um peixe respira
na rede mais exausta. Nem mesmo à despedida
foram os gestos contundentes: tudo o que vem de ti
é um poema. Contudo, ao acordar, a solidão sulcara
um vale nos cobertores e o meu corpo era de novo
um trilho abandonado na paisagem. Sentei-me na cama
e repeti devagar o teu nome, o nome dos meus sonhos,
mas as sílabas caíam no fim das palavras, a dor esgota
as forças, são frios os batentes nas portas da manhã.
Maria do Rosário Pedreira
9 comentários:
Que bom ler este poema agora... que bom!
Obrigada.
Beijinho, minha Maria
Maria P.
Desconhecia.
Quanto mais o leio mais gosto dele.
Se os nossos sonhos se tornassem realidade... Pelo menos alguns... Pelo menos 2 ou 3...
Obrigado
João
Lindo.
Bj.
Eduardo
Lindo.
Bj.
Eduardo
Gostei bastante de ler... enche a boca e o coração.
abraço
grande poema de amor!
beijos M. Maria Maio
Estive a reler o poema e digo-te que é um poema maravilhoso. Não me canso de o ler. Não conheço a autora!
Beijo.
EA
Maria,
já sabes como eu gosto de ler Maria do Rosário Pedreira...
Beijinho*
João P.,
procura algum livro desta autora, e depois conta...
Beijinho*
Eduardo,
é...
Beijinho*
Pin Gente,
é verdade, enche...
Beijinho*
Luís,
pois...
Beijos*
Eduardo,
aqui pela Casa existem vários poemas desta autora, mas procura os livros, merecem.
Beijinho*
Maria P.
Sei que tem um texto musicado num fado.
Irei procurar
beijo
João
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