terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Ao meditar...

Sei a nuvem de cinza que turva o
oceano, a sombra que desfigura a
minha mão vazia. Sei as paisagens
que um dia se deitaram entre nós
para sempre adormecidas. Sinto

a dor estendida sobre a memória
do teu corpo na cama que ficou
aberta como uma ferida. E, sem
razão, repito a todo o instante nos
meus lábios cansados esse nome
que ainda me falta em quase tudo.

Maria do Rosário Pedreira
Nenhum Nome Depois

4 comentários:

Luís Galego disse...

ler Maria do Rosário Pedreira é um brinde que damos a nós próprios...interesante ter descoberto que aqui uns gabinetes acima se encontra o irmão dela - historiador - e secretário de estado.

Maria disse...

Bom gosto nesta escolha. É lindo...

poetaeusou . . . disse...

cinzas cansadas
na
dor dos teus lábios
e
de desfiguradas
memórias

b)

un dress disse...

do tudo que não foi...