segunda-feira, 31 de março de 2008

Outra Janela... I

Não.

voz do povo

Não há amor sem ciúme.

domingo, 30 de março de 2008

Se...

A Casa de Maio recebeu este desafio, em alinhadas palavras da Carla, do blogue: Palavras em desalinho , agora alinho eu os meus Ses:
- Se eu fosse um mês seria… Maio, claro!
- Se eu fosse um dia da semana seria… 3ª feira, gosto.
- Se eu fosse um número seria… 2, o meu dia.
- Se eu fosse uma flor seria… um malmequer, pela simplicidade.
- Se eu fosse uma direcção seria… a Oeste, gosto do vento a Oeste...
- Se eu fosse um móvel seria… um baú.
- Se eu fosse um líquido seria… água.
- Se eu fosse um pecado seria… preguiça, gosto de preguiçar...
- Se eu fosse uma pedra seria… uma esmeralda, pela cor verde.
- Se eu fosse um animal seria… uma gata, para ter 7 vidas.
- Se eu fosse um metal seria… ouro, é quente...
- Se eu fosse uma árvore seria… pinheiro manso.
- Se eu fosse uma fruta seria… cereja, atrás duma, vem outra...
- Se eu fosse um clima seria… suave...
- Se eu fosse um instrumento musical seria… uma guitarra, toca-se como num abraço.
- Se eu fosse um elemento seria… terra.
- Se eu fosse uma cor seria… azul, mar, céu...

- Se eu fosse um som seria… o da 7ª onda...

- Se eu fosse uma canção seria…Simply The Best (Tina Turner) pela força.

- Se eu fosse um perfume seria…de flor de algodão, porque uso.

- Se eu fosse um sentimento seria...amor.

- Se eu fosse uma comida seria… diferente todos os dias.

- Se eu fosse uma palavra seria... Mãe.

- Se eu fosse um verbo seria… sonhar...

- Se eu fosse um objecto seria… lápis, para nos teus dedos rolar:)

- Se eu fosse uma peça de roupa seria… um cachecol.

- Se eu fosse uma parte do corpo seria… as mãos.

- Se eu fosse uma expressão seria... uma romântica.

- Se eu fosse um desenho animado seria… Mónica:)

- Se eu fosse uma forma seria...um triângulo, porque sim.

- Se eu fosse uma estação seria… Primavera, sinónimo de Maio, para mim.

- Se eu fosse um filme seria... um musical, com Fred Astaire e Ginger Rogers!

- Se eu fosse uma frase seria…«O Homem é um pêndulo entre o sorriso e o pranto» de Lord Byron.

Agora vem a parte de passagem do testemunho, por isso: passo para ti, a ti, também a ti, ainda a ti, claro a ti, e não me esqueço de ti!

Bom jogo para todos!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Bom fim-de-semana

Uma paisagem qualquer é um estado de alma.

Diário Íntimo
Henri F. Amiel

quarta-feira, 26 de março de 2008

Outra Janela...

doce o branco

Autores

Repete
Diz outra vez, e outra vez ainda,
Que de mim gostas. Seja, muito embora,
Como o cantar do cuco - ainda agora
O disseste - , repete; a frase é linda.

Cantando, o cuco apregoa a vinda
Da Primavera. Eu ouço, sedutora,
A sua voz. Que seja enganadora
Receio. Repetida, é-me bem-vinda.

Quem pode achar que, no céu cristalino,
São demais as estrelas? Que num prado
Fresco e viçoso, as flores muitas são?

Diz: amo, amo, amo - como o sino
Repete o mesmo som - . Mas, tem cuidado
De amar-me sempre, Amor, co'o coração.

Sonetos Portugueses
Elizabeth Barrett Browning

Trad. Manuel C. de Barros

terça-feira, 25 de março de 2008

CASA DE MAIO

Faz hoje 2 anos.
Obrigada a todos pela belíssima companhia.

Maria Pedrógão.

domingo, 23 de março de 2008

Da janela sul...

contemplação

Ao entardecer...

O olhar diante de outro olhar o que vê? Antes
era a distância entre ambos, esse relance súbito
que se torna interior, o seu cume tranquilo
dentro de cada imagem. Há um novo segredo
que vinha ter connosco e ali ocupa o espaço
que não é de ninguém. Assim foi o princípio
tão súbito dessa perda para que seja a leve
intimidade de em tudo haver o mesmo encontro.


Lições de Trevas
Fernando Guimarães

quinta-feira, 20 de março de 2008

A todos...


Boa Páscoa!

quarta-feira, 19 de março de 2008

19 de Março


Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Mas há os que lutam toda a vida, e estes são imprescindíveis.

Bertold Brecht


Beijinho Pai*

terça-feira, 18 de março de 2008

Outra Janela...

Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego

segunda-feira, 17 de março de 2008

Da janela sul...

entre-nós

Ao entardecer...

Quantas pessoas caminham na
minha direcção? Quantas me
descobrem por entre a multidão
e pousam os seus olhos inteiros
nos meus olhos? Podia acreditar

que entre elas está o homem que
trocaria comigo os dedos sobre a
mesa, uma palavra que fosse gomo
de laranja e poema, o corpo aceso

sob o lençol cansado de mais um
dia. Mas quantos destes rostos de
pedra que me cercam escondem o
seu pelas ruas desta tarde? Quantos
nomes de acaso e de silêncio terei
eu de escutar para descobrir o seu

no meu ouvido? Quantas pessoas
caminham contra mim?

Maria do Rosário Pedreira
Nenhum Nome Depois

domingo, 16 de março de 2008

Exposto


Numa epidemia a morte é desvalorizada. Porque se não desvaloriza no nosso quotidiano, que é como se houvesse também uma epidemia, embora ao retardador?

in: Escrever
Vergílio Ferreira


Exposto, palavra-mote do foto-dicionário do blogue Palavra Puxa Palavra que mais uma vez, apresentou uma belíssima colecção de fotografias sobre o tema, esta foi a imagem escolhida pela Casa de Maio.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Da janela norte...

fim infinito

Ao amanhecer ...

E eis que não há senão
o quase silêncio
cingindo o sopro veemente
de uma terra fecundada
sob a luz
dessas manhãs de maio
e tão perto
a memória do teu canto

Onde estão os gerânios?
E o meu regaço?

Entre Pássaros e o Mar
Maria A. Mitelo

quarta-feira, 12 de março de 2008

Da janela sul...

apetece (me) Maio

voz do povo

Depois da tempestade...vem a bonança.

terça-feira, 11 de março de 2008

Outra Janela...

por estaca

... era uma vez

Cais Palafítico
A Carrasqueira é uma aldeia do Concelho de Alcácer do Sal e localiza-se na Reserva Natural do Estuário do Sado…Um dos seus pontos de interesse é o seu Cais Palafítico, um bordado de madeira acente em estacas, que os pescadores foram erguendo para se protegerem das investidas das águas. Ainda hoje se podem ver os vários caminhos que serpenteiam o lodo, onde homens e muitas mulheres que se dividem entre a faina e o amanho da terra, marcam o tempo... Tendo começado com ameijoa, depois as ostras (facto que influênciou muito o desenvolvimento da pesca) e actualmente com a apanha do polvo e chocos.
Visita agradável de fazer, onde somos bem recebidos pela palavra simples do homem e pela simpatia da mulher de chapéu de palha e rosto sem idade...


domingo, 9 de março de 2008

Outra Janela...

jogo de paus

Autores

Tínhamos deixado a sombra do acampamento e, ao longo do rio de areia que era a estrada, deslizávamos em direcção ao sol poente. O mato espesso da beira da estrada era denso como uma moita, com pequena colinas que se elevavam e durante todo o percurso passámos por pessoas que se dirigiam em direcção ao oeste. Alguns iam nus, apenas com um pano engordurado enrolado num ombro e levavam arcos e carcases de flechas. Outros levavam lanças. [...]
Todo fugiam à fome.

As verdes colinas de África
Ernest Hemingway

sábado, 8 de março de 2008

Da janela sul...

Atlântico

Mar,
Metade da minha alma é feita de maresia.

Sophia de Mello B. Andresen

quinta-feira, 6 de março de 2008

quarta-feira, 5 de março de 2008

1 2 3, diz outra vez!

O pato
Lá vem o Pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o Pato
Para ver o que é que há.
O Pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.

Porque a minha amiga do Nada de Novo fez referência ao PATO na caixa de comentários da foto anterior, eu fiquei curiosa (porque sou) e fui procurar a versão completa.
Agora digam todos...

terça-feira, 4 de março de 2008

Outra Janela...

amorosos

voz do povo

Março amoroso faz o ano formoso.

domingo, 2 de março de 2008

Da janela sul...

(in)fluente

Ao entardecer...

É no momento que encerra a beleza de um gesto
que se prolonga a vida -

Na carne afeiçoada à mão apagam-se os sinais
de antigas fogueiras: o dilúvio do amor
veio lavar as cicatrizes deste mundo; e as pregas
de um rochedo que desafia o génio das marés
não lembram mais do que uma colcha amarrotada.

Agora, pode pintar-se o retrato do vento
nos esquadro da janela. O tempo não se mexe.
A vida, por um instante, é enorme.

Maria do Rosário Pedreira
O Canto do Vento nos Ciprestes