quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Ao adormecer...

É à noite que vens estranha figura
com teus passos doces, inquietantes
e me abres caminhos extenuantes
a arrastar-me indefesa na loucura.

Então, há labaredas que me comem
e vem o sonho prenhe de ilusões
e a minha alma treme em convulsões,
em prazeres loucos que não há no homem.

E há um desencontro de sensações
e há danças fulgurantes de clarões
e há momentos místicos de euforia.

Tenho medo da noite e de mim,
sou um ser sem começo e sem fim
quando tu me possuis, ó poesia.

Luísa Beltrão

9 comentários:

O Sibarita disse...

Olá! É o amor, é a paixão, é o fogo do coração, muitro boa poesia!

abraços,
O Sibarita

Clotilde S. disse...

Vibrante poema cheio de fogos e paixão!

Boa. mulher!

Beijos

Pitanga Doce disse...

A poesia nos acalma, nos defende, nos libera, nos declara, nos completa.

beijos sempre doces

OLHAR VAGABUNDO disse...

continuas encantada maria de maio...
beijo vagabundo

Teresa Durães disse...

hoje um olá rápido!

jocas

Anónimo disse...

"Tenho medo da noite e de mim..."

Novamente o medo, a nossa enigmática tem algo para contar mas não tem coragem....será? Os medos enfrenta-se, diz o medricas, eu, lol (não, nem por isso, só às vezes e de algumas coisas...)

mfc disse...

Um ritmo fantástico... uma mensagem linda... o apelo da beleza!

Anónimo disse...

Bonito poema :)

Maria P. disse...

Gosto da poesia de Luísa Beltrão.

Ao Luís: não teremos todos algo para contar,...e falta a coragem?


Beijinhos de Maio:)