É à noite que vens estranha figura
com teus passos doces, inquietantes
e me abres caminhos extenuantes
a arrastar-me indefesa na loucura.
Então, há labaredas que me comem
e vem o sonho prenhe de ilusões
e a minha alma treme em convulsões,
em prazeres loucos que não há no homem.
E há um desencontro de sensações
e há danças fulgurantes de clarões
e há momentos místicos de euforia.
Tenho medo da noite e de mim,
sou um ser sem começo e sem fim
quando tu me possuis, ó poesia.
Luísa Beltrão
9 comentários:
Olá! É o amor, é a paixão, é o fogo do coração, muitro boa poesia!
abraços,
O Sibarita
Vibrante poema cheio de fogos e paixão!
Boa. mulher!
Beijos
A poesia nos acalma, nos defende, nos libera, nos declara, nos completa.
beijos sempre doces
continuas encantada maria de maio...
beijo vagabundo
hoje um olá rápido!
jocas
"Tenho medo da noite e de mim..."
Novamente o medo, a nossa enigmática tem algo para contar mas não tem coragem....será? Os medos enfrenta-se, diz o medricas, eu, lol (não, nem por isso, só às vezes e de algumas coisas...)
Um ritmo fantástico... uma mensagem linda... o apelo da beleza!
Bonito poema :)
Gosto da poesia de Luísa Beltrão.
Ao Luís: não teremos todos algo para contar,...e falta a coragem?
Beijinhos de Maio:)
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