terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Ao anoitecer...

A cavalo no vento

A cavalo no vento sobrevoo
o destino sombrio deste porto,
aonde um rio vem morder o vulto
do mar confuso.

Ó mar despedaçado,
mordido em tanto flanco, o sobressalto
dos teus ombros nervosos já sacode
a terra toda!

E para quê mais portos
agressores, estaleiros rancorosos,
onde em surdina e sombra se conspira
contra a vida. . .?

. . . Contra a vida do mar e o seu poder
que só um corpo nu deve merecer!

David Mourão-Ferreira

2 comentários:

Ana Prado disse...

...



e mais não sei dizer.

Beijinhos,Maria P.

RPM disse...

olá...

muito bonito o poema!

beijinho e boa semana

RPM