quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Ao entardecer...

A Filosofia Do Amor

Correm as fontes ao rio
os rios correm ao mar;
num enlace fugidio
prendem-se as brisas no ar...
Nada no mundo é sózinho:
por sublime lei do Céu,
tudo frui outro carinho...
Não hei-de alcançá-lo eu?

Olha os montes adorando
o vasto azul, olha as vagas
uma a outra se osculando
todas abraçando as fragas...
Vivos, rútilos desejos,
no sol ardente os verás:
- Que me fazem tantos beijos,
se tu a mim mos não dás?

Percy Bysshe Shelley (1792-1822)
Trad. de Luiz Cardim

4 comentários:

Pitanga Doce disse...

...e pronto! Não há nada pra ninguém!
Dou-te beijinhos...hum, acho que não servem.

Maria P. disse...

Ó Pitanguinha:
olha que também servem!:)

Anónimo disse...

Gostei muito dessa filosofia do amor :)

bj*

Aldina Duarte disse...

Que bonito! Tudo me serve nesta sua publicação. Obrigada!

Até sempre