quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ao anoitecer...

Não há mais nenhum nome. Depois de ti
destinaram-me apenas corpos que não amei,
rostos onde não quis pousar os olhos por temor
de os fixar, mãos que eram sempre sombras
das tuas mãos sob os lençóis. Nunca sequer as vi,

nem toquei esses dedos que, no escuro, celebravam
na minha a tua carne - se outro motivo os trazia,
por mais vago, também não quis ouvi-lo, nunca
o soube. Depois de ti, depois dos outros homens,
é ainda o teu nome que digo, e nenhum outro.

Maria do Rosário Pedreira
Nenhum Nome Depois

10 comentários:

Maria disse...

Que belo poema, Maria....
... apetece continuar a escrever...

Beijinho

Flôr disse...

Foi aqui, que fui conhecendo Maria do Rosário Pedreira.

Poema lindo...

Beijitos

Ka disse...

TAmbém foi por aqui que conheci Maria do Rosário Pedreira e quanto mias leio mais gosto até porque tenho alguns pontos em comum.

Belíssima escolha Maria

Beijoca e noite feliz

quintarantino disse...

Eu vinha aqui agradecer teres-me indicado o caminho para tão belas palavras... grato, eternamente!

Luis Eme disse...

É lindo...

já conhecia, pois, "obrigaste-me" a comprar este e outro livro..

Manuel Veiga disse...

incontornável. o mesmo nome. sempre. belo poema!

eduardo jai disse...

Não comento Poesia.
Digo apenas, obrigado, é lindo.



Uma noite BOA.
:)

poetaeusou . . . disse...

*
cunho relevante,
*
o depois
é o começo,
*
h
*

APC disse...

Como canta o Tonty Carreira: "Depois de ti, mais nada" ("nem sol, nem madrugada"...).
Pois é!

nana disse...

.......


(..suspiro dentro, enorme....)




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