Não há mais nenhum nome. Depois de ti
destinaram-me apenas corpos que não amei,
rostos onde não quis pousar os olhos por temor
de os fixar, mãos que eram sempre sombras
das tuas mãos sob os lençóis. Nunca sequer as vi,
nem toquei esses dedos que, no escuro, celebravam
na minha a tua carne - se outro motivo os trazia,
por mais vago, também não quis ouvi-lo, nunca
o soube. Depois de ti, depois dos outros homens,
é ainda o teu nome que digo, e nenhum outro.
Maria do Rosário Pedreira
Nenhum Nome Depois
10 comentários:
Que belo poema, Maria....
... apetece continuar a escrever...
Beijinho
Foi aqui, que fui conhecendo Maria do Rosário Pedreira.
Poema lindo...
Beijitos
TAmbém foi por aqui que conheci Maria do Rosário Pedreira e quanto mias leio mais gosto até porque tenho alguns pontos em comum.
Belíssima escolha Maria
Beijoca e noite feliz
Eu vinha aqui agradecer teres-me indicado o caminho para tão belas palavras... grato, eternamente!
É lindo...
já conhecia, pois, "obrigaste-me" a comprar este e outro livro..
incontornável. o mesmo nome. sempre. belo poema!
Não comento Poesia.
Digo apenas, obrigado, é lindo.
Uma noite BOA.
:)
*
cunho relevante,
*
o depois
é o começo,
*
h
*
Como canta o Tonty Carreira: "Depois de ti, mais nada" ("nem sol, nem madrugada"...).
Pois é!
.......
(..suspiro dentro, enorme....)
x
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