Quantas pessoas caminham na
minha direcção? Quantas me
descobrem por entre a multidão
e pousam os seus olhos inteiros
nos meus olhos? Podia acreditar
que entre elas está o homem que
trocaria comigo os dedos sobre a
mesa, uma palavra que fosse gomo
de laranja e poema, o corpo aceso
sob o lençol cansado de mais um
dia. Mas quantos destes rostos de
pedra que me cercam escondem o
seu pelas ruas desta tarde? Quantos
nomes de acaso e de silêncio terei
eu de escutar para descobrir o seu
no meu ouvido? Quantas pessoas
caminham contra mim?
Maria do Rosário Pedreira
Nenhum Nome Depois
6 comentários:
Tocantes estas palavras de MRP.
Ela é po exemplo acabado de quem escreve como forma de exorcizar a solidão de um amor...não correspondido.
Beijoca :)
"...o homem que trocaria comigo os dedos sobre a mesa".
Esta frase e o resto do poema, sintetizam momentos de amor e procura. Ou a procura do amor...
Lindo...
beijos Maria Maio
..."o corpo aceso
sob o lençol cansado"...
:))))
Obrigada por meteres dado a conhecer esta poeta.
Beijinho, Maria
poema belo. como as tuas escolhas. sempre...
Ka,
toda a poesia é tocante, quando bem escrita, ou sentida...
Beijinho*
Pitanga,
a procura talvez...digo eu:)
Beijinho*
Luís,
belíssimo...
Beijos*
Maria,
eu adoro ler esta poetisa!
Beijinho*
Herético,
é muito bonito sim.
Beijinho*
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