quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Ao adormecer...

Quase de nada místico

Não, não deve ser nada este pulsar
de dentro: só um lento desejo
de dançar. E nem deve ter grande
significado este vapor dourado,

e invisível a olhares alheios:
só um pólen a meio, como de abelha
à espera de voar. E não é com certeza
relevante este brilhante aqui:

poeira de diamante que encontrei
pelo verso e por acaso, poema
muito breve e muito raso,
que (aproveitando) trago para ti.

Ana Luísa Amaral

6 comentários:

APC disse...

O vapor dourado que levamos connosco ou dentro do qual andamos quando etamos felizes; e que não escapa a um olhar minucioso, a um sentir sensível, à pessoa certa!...

Cláudio disse...

Confesso que uns pózinhos de diamante me entraram directamente para os olhos ao ler este belo poema...

Clotilde S. disse...

Poema breve, leve como a escuma do mar!

Sim, Maria, o blg da Margarida é uma casinha minha. Jinhos

Vasco Pontes disse...

muito bom, maria p., como todas as tuas escolhas.
beijos do (teu) poeta

JPD disse...

Belo!

Maria P. disse...

A poesia de Ana Luísa Amaral,"bebe-se" natural.

beijinhos