domingo, 29 de outubro de 2006

Ao amanhecer ...

Da margem esquerda da vida

Da margem esquerda da vida
Parte uma ponte que vai
Só até meio, perdida
Num balo vago, que atrai.

É pouco tudo o que eu vejo,
Mas basta, por ser metade,
P'ra que eu me afogue em desejo
Aquém do mar da vontade.

Da outra margem, direita,
A ponte parte também.
Quem sabe se alguém ma espreita?
Não a atravessa ninguém.

Reinaldo Ferreira

5 comentários:

TG disse...

A ponte aproxima
A margem,
O remo passa,
Mais uma braçada,
Respiração controlada.
Olha a paisagem,
Sente a viajem.
No Tejo
Somos separados,
encontrados?


bjs
Tiago

Teresa Durães disse...

gostei do poema!

Joker disse...

Encontro uma passagem...pra outra margem!!!!

Lindo poema!

JPD disse...

O poema é muito bonito e está perfeitamente ilustrado.
(Apesar de a passadeira estar molhada, não deixa de ser curiosa esta estiagem que por cá teima...andar de pólo em finais de Outubro...se não é um certo tropicalismo, não sei o que será)

Maria P. disse...

Gostaram...que bom:)