quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Ao anoitecer...

EU PODIA ESCOLHER

Não tinha ideia.
Escolhi a paz.

A verdade e a beleza
deixei-as ir,
e também a sageza e a nostalgia -
até o amor,
que tão embevecido me olhava,
negras nuvens com ele se deslocavam.

Paz, era paz.
E nos recônditos da minha alma
dançavam seres
de que nunca tinha sequer ouvido!

E no céu pendia um outro sol.

Toon Tellegen
Trad. de Fernando Venâncio

2 comentários:

Anónimo disse...

Interessante esta fábula de arbítrio...
Afectuosamente

Maria P. disse...

Para meditar. Não?

Um abraço, TP.