Palavras
Há pessoas a quem certas palavras dos outros lhes fazem morrer as próprias na garganta. Não podendo falar sentam-se do lado de cá do mar e olham a outra margem não podendo lá estar embora pudessem.
Eis como os possessos de realidades violentas não podem sentar-se à mesa e discorrer simplesmente o que já seria imenso e excepcional.
Ana Hatherly, in «A Cidade das Palavras»
5 comentários:
Gosto muito do nome: Casa de Maio. Parece Primavera. Um daqueles cantos onde todos gostam de passear e petiscar... "Vim" aqui dizer presente.
Sobre o texto: As palavras dos outros puxam as minhas que puxam as dos outros que puxam as minhas... Não há donos para as palavras. Cada um tem-nas em função das que teve e no desejo das que quer ter. Não é?
Adoro Mafra!
Beijo
Encontramo-nos então, pelo anoitecer. E que estranho...eu também não (desencaixamento, existe?). Alguns fios ficam ao andar aqui, ténues. Mas muitos dias nem os vejo e as paisagens são "antigas" de mim. Um beijinho, linda (mesmo que não saibas, como e quanto).
palavras enigmáticas... só com um "relativo" desenvolvimento as entendería...
beijinhos
Ao Pedro,
obrigada pela visita. As palavras... ninguém é dono das palavras, mas creio que existem os que tem o "dom" da palavra, e que sem darem por isso (ou não) "calam" algumas palavras dos menos dotados.
À Bettips,
novo encontro, a meio da tarde.
Entendo o que exprimes, também sinto assim "o antigo" da paisagem, que por vezes até só acontece amanhã, mas já é passado para mim. Linda é a tua companhia.
Ao Mixtu,
fico a aguardar esse entendimento que me interessa, talvez outro encontro-enigmático...
pela palavra vamos. ou não.
gosto de palavras sedutoras.como essas que deixas.
Enviar um comentário