Nunca soube o teu nome. Entraste numa tarde,
por engano, a perguntar se eu era outra pessoa -
um sol que de repente acrescentava cal ao muros,
um incêndio capaz de devorar o coração do mundo.
Não te menti; levantei-me e fui levar-te à porta certa
como um veleiro arrasta os sonhos para o mar; mas,
antes de te deixar, disse-te ainda que nessa tarde
bem teria gostado de chamar-me outra coisa - ou
de ser gato, para poder ter mais do que uma vida.
Maria do Rosário Pedreira
Nenhum Nome Depois
11 comentários:
Suberbo...
Beijos...
Lindo!
Bisous
Simplesmente divinal:)))
Beijinho
Lindíssimo....
Beijinhos
Às vezes acontecem coisas lindas ao entardecer... como um belo poema como este...
O poema é lindo
Mas a verdade é, por vezes, inflexível, cerceando esta vida ,que poderia ser outra.
Bj.
Adoro a M. do Rosário Pedreira! Obrigado por teres partilhado este belo poema!
Um beijo...
muito felino
Ah, e quando se aspira o que não se tem ou não pode ter?...
«poder ter mais de uma vida» resolveria?
o excerto é lindissimo...
/
ou ser gato,
/
h
/
Olá :-)
Afinal foram os feeds do meu PC que me enganaram e tu continuas por cá, com o teu bom gosto e simplicidade.
Bjos
VM
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