No contorno das pedras, se imagina
a impaciência das águas no inverno,
quando a terra se encharca
do lamento dos ventos.
Carrego, comigo, um pavor de relâmpagos,
incendiados na rama das oliveiras.
E ando descalça, no ribeiro,
a procurar indícios da infância.
Graça Pires
Quando as estevas entraram no poema
7 comentários:
Estas palavras estão totalmente de acordo com o o dia de hoje...e são lindíssimas!!!
Beijoca :)
ao longe, mas ao longe
bela é a tormenta
nos seus relâmpagos de luz branca
riscados aleatoriamente no negro céu
fogos caem no mar, já de si revolto
por trás da vidraça, assustada
tremendo de medo com o estrondo da luz
percorro as gotas de chuva com o olhar
nem me atrevo a brincar perseguindo-as com o dedo
mas um abraço aconchega-me o medo de criança e vou ficando
beijo
luísa
Lindo...
também me apeteceu descalçar e molhar os pés na ribeira...
*
relâmpagos,
-lampejos de mim-
,
h,
*
procurar a infancia
não conhecia... bucólico...
abrazo serrano
... ou quando as giestas floriam!
belo Poema. e uma grande Poetisa!
Também "cantei" as janeiras no Casario, atrás do Zeca, mas com menos talento, claro...
abraço e bom fim de semana, apesar do tempo estar chochito...
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