terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Na última gaveta...

SEMPRE
Em vez d'um amanhã mais venturoso
Que os meus dias esperam devagar,
Só vejo sôbre mim sempre passar
Um mesmo hoje banal e duvidoso.

Cansou-me a alma já de tanto esperar...
Olhando ao longe pelo Além saudoso,
Procuro, ardente, êsse amanhã glorioso
Em que a luz de ontem voltarei a achar.

Perco do Tempo a percepção divina
Nesta ansiedade atroz que me domina,
Buscando reacender o extinto lume.

E o Tempo, indiferente ao que passou,
Prende-me a alma sempre ao mesmo vôo
Que num esperar contínuo se resume.
Oliva Guerra

5 comentários:

Maria disse...

O que tu descobres nessa tua gaveta....

Beijinho

Luis Eme disse...

A capa é simples mas tem qualquer coisa...

abraço

Maria P. disse...

Maria,
gosto de remexer na minha última gaveta e recordar...

Luís,
será "Encantamento"?!...

Beijinho aos dois*

Manuel Veiga disse...

Ulima gaveta? diria uma mina. de oiro...

Maria P. disse...

Herético,
apenas uma gaveta com cheiro a um tempo passado perfeito.

Beijinho de boa noite*