Em vez d'um amanhã mais venturoso
Que os meus dias esperam devagar,
Só vejo sôbre mim sempre passar
Um mesmo hoje banal e duvidoso.
Cansou-me a alma já de tanto esperar...
Olhando ao longe pelo Além saudoso,
Procuro, ardente, êsse amanhã glorioso
Em que a luz de ontem voltarei a achar.
Perco do Tempo a percepção divina
Nesta ansiedade atroz que me domina,
Buscando reacender o extinto lume.
E o Tempo, indiferente ao que passou,
Prende-me a alma sempre ao mesmo vôo
Que num esperar contínuo se resume.
Oliva Guerra
5 comentários:
O que tu descobres nessa tua gaveta....
Beijinho
A capa é simples mas tem qualquer coisa...
abraço
Maria,
gosto de remexer na minha última gaveta e recordar...
Luís,
será "Encantamento"?!...
Beijinho aos dois*
Ulima gaveta? diria uma mina. de oiro...
Herético,
apenas uma gaveta com cheiro a um tempo passado perfeito.
Beijinho de boa noite*
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