Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.
9 comentários:
Bela homenagem a um dos nossos melhores poetas. Pena é a festa não ser sempre a uma quinta-feira, como a da Ascenção.
Quero que fiques bem.
Manuel
Muito a propósito deste dia e adequado às angústias deste povo lusitano.
Gosto muito de poesia, como sabes.
Um beijo e bom fim de semana
olá Maria P.
Obrigado pelas suas visitas ao meu canto...
Um feliz dia e que a poesia da saudade não seja, sempre, uma marca registada do nosso SER PORTUGUÊS...
um beijo e bom fim-de-semana
RPM
Um dos meus textos favoritos de Camões. E perfeitamente adequado ao dia. Sem dúvida.
Bom fim de semana!
Grata a todos pela vossa companhia nesta casa.
fiquem bem.
Bela escolha.
Beijinhos e boa semana
Camões é mesmo assim. Não podemos passar sem ele. E quando damos com ele em qualquer canto, apetece dizer: Que bom rever-te, Amigo.
Beijo grande.
Licínia
Concordo Licínia eu abraço e bom domingo.
Obrigada Filomena, bom domingo.
beijinhos
Concordo com esse ponto de vista, mas enfim...
um abraço, amigo.
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