sábado, 10 de junho de 2006

Luís de Camões

Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.

9 comentários:

DE-PROPOSITO disse...

Bela homenagem a um dos nossos melhores poetas. Pena é a festa não ser sempre a uma quinta-feira, como a da Ascenção.
Quero que fiques bem.
Manuel

JL disse...

Muito a propósito deste dia e adequado às angústias deste povo lusitano.
Gosto muito de poesia, como sabes.
Um beijo e bom fim de semana

RPM disse...

olá Maria P.

Obrigado pelas suas visitas ao meu canto...

Um feliz dia e que a poesia da saudade não seja, sempre, uma marca registada do nosso SER PORTUGUÊS...

um beijo e bom fim-de-semana

RPM

Rui Afonso disse...

Um dos meus textos favoritos de Camões. E perfeitamente adequado ao dia. Sem dúvida.
Bom fim de semana!

Maria P. disse...

Grata a todos pela vossa companhia nesta casa.
fiquem bem.

filomena disse...

Bela escolha.

Beijinhos e boa semana

Licínia Quitério disse...

Camões é mesmo assim. Não podemos passar sem ele. E quando damos com ele em qualquer canto, apetece dizer: Que bom rever-te, Amigo.
Beijo grande.
Licínia

Maria P. disse...

Concordo Licínia eu abraço e bom domingo.

Obrigada Filomena, bom domingo.



beijinhos

Maria P. disse...

Concordo com esse ponto de vista, mas enfim...
um abraço, amigo.