quarta-feira, 30 de maio de 2007

Ao amanhecer ...

Um dia branco
Dai-me um dia branco, um mar de beladona
Um movimento
Inteiro, unido, adormecido
Como um só momento.

Eu quero caminhar como quem dorme
Entre países sem nome que flutuam.

Imagens tão mudas
Que ao olhá-las me pareça
Que fechei os olhos.

Um dia em que se possa não saber.

Sophia de Mello Breyner Andresen

5 comentários:

poetaeusou . . . disse...

/
dia mar
manto
branco
flutuar
/
ji
/

Luis Eme disse...

claro e lindo... como a Sophia e como tu...

A.S. disse...

Sophia continuará entre nós através da sua poesia!...


Um beijooo

Maria disse...

Lindo, como sempre....
... a Sophia...

Beijinhos

cuotidiano disse...

Peço desculpa por ser contra-corrente e "politicamente incorrecto" - nunca gostei de Sophia, a começar pelo nome e acabando nos escritos.

Beijo