É domingo, o prior rezou a missa, casou uns noivos, bate no largo um fandango, ao som do pandeiro infernal. Do balcão da pousada, rescendente de cravos, debruçamo-nos ambos par a par. As côres, as danças e o sol vão na mesma refega; a alma ibérica, feita de brio e de tumulto, estua em nossas almas, e bebemos o vinho da terra, grosso como sangue de boi, e nossas bôcas dão mil beijos e nossos braços mil abraços. O contigente, o finito desvaneceram-se em volta de nós e dentro de nós, como sombras imaginárias.
2 comentários:
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o malhadinhas,
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quando os lobos uivam,
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sempre presentes
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h
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Lindo este texto da tua última gaveta...
Beijinhos
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