O espírito
Nada a fazer amor, eu sou do bando
Impermanente das aves friorentas;
E nos galhos dos anos desbotando
Já as folhas me ofuscam macilentas;
E vou com as andorinhas. Até quando?
À vida breve não perguntes: cruentas
Rugas me humilham. Não mais em estilo brando
Ave estroina serei em mãos sedentas.
Pensa-me eterna que o eterno gera
Quem na amada o conjura. Além, mais alto,
Em ileso beiral, aí espera:
Andorinha indemne ao sobressalto
Do tempo, núncia de perene primavera.
Confia. Eu sou romântica. Não falto.
Natália Correia
6 comentários:
:))))))))))))))
Natália Correia!!!!!!!!!1
ah!!! Grande post!!!!!!!!!!!!
Só tu para entenderes a minha preferida.
:)Beijoca Miga!
Faltava no dia de hoje a Natália, por aqui...
Gostei muito!
Beijo
***
para ti, longinquo maio...
*
Glorifiquei-te no eterno.
Eterno dentro de mim
fora de mim perecível.
Para que desses um sentido
a uma sede indefinível.
Para que desses um nome
à exactidão do instante
do fruto que cai na terra
sempre perpendicular
à humidade onde fica.
E o que acontece durante
na rapidez da descida
é a explicação da vida.
*
in)natália correia
*
bjs)
***
gosto destas "aves estroinas" a voar alto...
beijos
Olá,
Lindo Poema de Natália Correia.
Poetisa cá da minha terra.
Bom fim de semana
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