segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Ao anoitecer...

Fantoches feitos de pau e trapo,
pareceis mesmo gente viva.
Manejando-vos com os dedos,
três voltinhas dais,
e assim se passa o tempo.

Mas quando as mãos do homem
vos recolhem atrás do pano,
desvanece-se a ilusão.
Nós somos todos fantoches:
sonhamos que existimos.

Hu-Han-Tsing
Trad. António Ramos Rosa

6 comentários:

Licínia Quitério disse...

Eu prefiro dizer: Sonho logo existo.
Boa noite, vizinha.

Clotilde S. disse...

Fantoche, eu?
Tenho os meus dias de marioneta, mas que existo, existo!
Beijo grande!

Teresa Durães disse...

(isso pensam vocês...)

Maria P. disse...

Eu prefiro pensar nestas palavras...

Beijinhos.

Cláudio disse...

"A vida é sonho, e os sonhos, sonhos são" já dizia Calderón de la Barca.

Mas está ao nosso alcance rebelarmo-nos contra tudo o que teima em manipular-nos como fantoches e sermos responsáveis por todos os nossos actos e pelo curso das nossas vidas.

Beijinho.

Manuel Veiga disse...

confesso que os "fantoches" me irritam. prefiro os "caretos"...