sábado, 9 de setembro de 2006

... era uma vez

Vastos horizontes

As mondas, as ceifas, os descasques, os varejos, são trabalhos que pedem, cada um com o seu método próprio, pacíficas lentidões de trabalho que exigem perseverança e espírito reflexivo. A larga lição recebida dos mouros, e ainda mantida em tantas expressões da personalidade transtagana - nos cantares dolentes e arrastados, nos sotaques da linguagem, nos costumes e nos trajos - ainda hoje lhe é útil.
Ganha a confiança, ninguém mais acolhedor do que o Alentejano. Franqueia a sua sala - que pode ser cozinha com a lareira, ornamentada de latões, estanhos e cobres luzidios - e dá-se a quem o procura.
O "Monte" seja nos lombos das serras como nas planícies, no campo como nos povoados, a alma alentejana mostra-se tal qual é, amistosa.

6 comentários:

Licínia Quitério disse...

Bom apontamento sobre essa gente tão especial. No Alentejo ainda se pratica o diálogo, com o seu ritmo próprio. Um fala, o outro ouve. E só depois de uma pequena espera, para reflectir, dá a sua achega. Sem atropelos. Sem pressas. O tempo próprio da verdadeira conversa, tão pouco praticada nos nossos dias trepidantes e tantas vezes sem sentido.
Alonguei-me, desculpa.
Beijo.

Teresa Durães disse...

eu hoje assassino alguém... vocês e os mouros... berberes.. sim.. vieram cá cultivar....mato alguém concerteza.....

APC disse...

Belo memorial; foi um prazer lê-lo.
:-*

Manuel Veiga disse...

concordo integralmente.pena ser tão injustiçado...

Maria P. disse...

Licínia, as tuas palavras são sempre bem-vidas:)

Teresa esta do mouros foi mesmo a pensar em ti:)ahahaha!

Obrigada APC:)

Também concordo, Herético:)

Beijinhos.

Teresa Durães disse...

ahahahahahahahahahahahahahah

ainda bem que o meu humor melhorou bastante desde há bocado senão furava os cabos e batia-te....lololol

caféééééé´(hoje bati os records...)