quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Ao anoitecer...

O Verdadeiro Gesto de Amor.

Aquilo que de verdadeiramente significativo podemos dar a alguém é o que nunca demos a outra pessoa, porque nasceu e se inventou por obra do afecto. O gesto mais amoroso deixa de o ser se, mesmo bem sentido, representa a repetição de incontáveis gestos anteriores numa situação semelhante. O amor é a invenção de tudo, uma originalidade inesgotável. Fundamentalmente, uma inocência.

Fernando Namora, in «Jornal sem Data».

6 comentários:

Teresa Durães disse...

Um poema novo?

(e quem não é poeta?)

Luís disse...

"O amor é a invenção de tudo, uma originalidade inesgotável".

E quantas vezes nos deparamos com pessoas que fazem de reviver as rotinas de amores passados a sua forma de viver o suposto amoractual? Para muitos é bem mais fácil manter o "status quo". É que isto de amar pode dar muito trabalho...

sem-comentarios disse...

O fernando Namora sabia o que dizia :)
O Amor é inesgotável e sempre original :)

Bj**

Maria P. disse...

Fernando Namora (1919-1989). A sua obra poética foi reunida em 1959 no vol. «AS FRIAS MADRUGADAS». A não perder.

Beijinhos de Maio:)

APC disse...

Penso nisso muitas vezes, por acaso... Nisso, da unicidade dos gestos e da genuinidade dos sentidos que a eles levam a cada momento, irrepetível...

PS - Bom comentário, o do Luís!

Maria P. disse...

Concordo APC, e o comentário do Luís é excelente, como é hábito!:)